quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O velho por não poder, o moço por não saber, deitam as coisas a perder.

Diz-se  que a falta de força dos velhos e a inexperiência dos jovens deitam a perder uma empresa que só o vigor e a prudência dos homens maduros podem levar a bom êxito.

Bem, se é certo que o que vem descrito num capitulo que a Internet dispõe, de harmonia com o que vem publicado, e que  de seguida se reproduz, pessoalmente sinto-me  atingido pela ofensa que o dito Deputado entendeu, por bem, insultar a classe dos Idosos Reformados, que diz contaminarem, como  "PESTE GRISALHA", o País, que Luís Vaz de Camões, cantou nos seus famosos "Lusíadas", PORTUGAL !  A história  relata  precisamente o contrário ...


O texto original, publicado no artigo de opinião mencionado, versava o seguinte:
Os portugueses estão a desaparecer. O envelhecimento da população portuguesa é uma evidência incontornável.
Portugal é o país da União Europeia que mais sofre com esta tragédia social.
Segundo estimativa do INE, em 2050 cerca de 80% da população do país apresentar-se-á envelhecida e dependente e a idade média pode situar-se perto dos 50 anos. A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha.
Pela primeira vez na nossa história a fasquia dos 100 mil nascimentos ano não foi este ano atingida. Ficámo-nos pelos 90 206, o que representa um decréscimo alarmante.
Além de ser o pior da Europa, Portugal é um dos três ou quatro países piores do mundo em taxa de natalidade (1,2 filhos por mulher, sendo a taxa de reposição geracional de 2,1). O último ano em que houve substituição de gerações foi em 1982 (já lá vão 20 anos).
A este cenário dantesco deve agora acrescentar-se a onda de emigração, que nos últimos e nos próximos anos vai fazer-se sentir no nosso território.
O resultado só pode ser assustador. Assustador porque desafia a nacionalidade portuguesa. Assustador porque estamos a uma distância mais curta do que se julga de uma desertificação galopante (já quase irremediável no interior do país), que só é possível combater com fluxos migratórios e com a ocupação do nosso país por parte de imigrantes que tenderão a substituir as populações autóctones.
Assustador porque o envelhecimento dos portugueses e o incremento do seu índice de dependência provocam um aumento penoso dos encargos sociais com reformas, pensões e assistência médica.
Assustador porque se torna quase impossível que esses encargos sejam suportados pelo cada vez menor número de contribuintes activos.
Assustador porque já temos enormíssimas dificuldades em manter a sustentabilidade do sistema de segurança social, do Serviço Nacional de Saúde ou a educação tendencialmente gratuita, de defesa e de segurança interna.
Engane-se quem pensa que a nossa sobrevivência enquanto país soberano depende prioritária e exclusivamente do crescimento económico.
Não há crescimento económico que vença o envelhecimento populacional.
Pode suavizá-lo ou adiá-lo, mas o país caminhará sempre para uma espécie de eutanásia preanunciada.
Em anos de fogosidade e crescimento, o défice da Segurança Social não parou de aumentar, tornando-a já insustentável, porque as contribuições não chegam para pagar as pensões.
Em apenas 20 anos (de 1990 a 2010), a despesa da Segurança Social quase duplicou, passando de 9,7% do PIB para 18%.
Se bem que devido a um factor extraordinário (integração do fundo de pensões da banca no regime da Segurança Social), o ano de 2012 foi o primeiro dos últimos dez em que a Segurança Social registou um défice ou saldo negativo, com 384 milhões de euros a mais de despesa do que de receita.
Já todos sabemos que não é viável admitir mais agravamentos de impostos e de contribuições que permitam combater ou inverter a situação, mas todos os responsáveis políticos têm o dever patriótico e geracional de pensar responsavelmente em medidas de choque para o país.
O governo esteve envolvido em muitas tarefas urgentes. Esteve a discutir em Bruxelas o défice deste ano, esteve a discutir na AR o Orçamento e ainda está a tentar convencer os mercados de que a nossa dívida pode chegar a níveis sustentáveis depois de 2014.
Mas como a guerra contra o envelhecimento é assunto pouco dado a protocolos e como os problemas estão todos ligados, o governo está também a pensar uma reforma do Estado que já há muito tempo se impunha.
O facto de estarmos resgatados não nos deve inibir de reflectir e decidir sobre outros problemas sérios do país.
É por isso que se deve convocar toda a esquerda a abandonar a populista e até agora eternamente irresponsável tese de que tudo se resolve com aumento de pensões e dos salários dos funcionários públicos e com a manutenção dos direitos adquiridos e dos privilégios instalados. O dinheiro não é elástico e não aparece de todo o lado.
Ao maior partido da oposição, como alternativa tendencial de poder, não basta manifestar uma qualquer birra por não ter sido chamado à discussão sobre a reforma das funções do Estado antes de outros.
Um partido com ideias e com preocupações governativas não deve andar a reboque nem escudar-se em questões de forma ou de provincianismo político.
O PS deve ter iniciativa e dizer agora o que não disse nos últimos anos. Deve explicar, como explicará o governo, qual o Estado que quer e pode manter para as gerações seguintes.
Os portugueses não podem esperar que a oposição finja que está tudo bem, que proclame que a peçonha vem da troika e que o que está em jogo ou não teve importância ou se resolve com mezinhas ou com tacticismo político-partidários.
O país não aprecia que quem teve e pode vir a ter responsabilidades governativas se deleite ou se regale com a deterioração geracional de Portugal.
Antes de disputarem eleições para governar o país os partidos têm de querer ter país para governar.
É por isso vital que ninguém se demita de procurar novas políticas de apoio à natalidade e novas formas de encarar o papel de um Estado que já quase não consegue desempenhar as missões fundamentais que esta vetusta Constituição lhe confere.
Tenho para mim que o verdadeiro problema da nossa envelhecida sociedade não está no envelhecimento da sua população. Está no que os sucessivos governos não mudaram desde que a sociedade começou a envelhecer.
Precisamos, todos, de mudar a nossa mentalidade, de a renovar, de apostar no incremento da natalidade. Se assim não for, envelhecemos e apodrecemos com o país.
Carlos Peixoto, Advogado e deputado do PSD

Não pretendo que digam, sobre esta minha publicação que "vira o disco e toca o mesmo..." mas  a vara que suporta a nossa existência terrena, quando se quebra, limita-nos tão-somente a fecharmos os olhos e sermos posteriormente analisados, consoante a conduta fraternal ou "sangrenta" que cada um teve na  vida...

Tenho acompanhado, na medida do possível, o desenvolvimento que as forças politico/partidárias desenvolvem, nesta fase  precedente das próximas eleições legislativas, marcadas para o dia 4 de Outubro. Não me surpreende, contudo, o forte e insistente "blá-blá", e o "paleio" (por vezes ultrajante), que tanto na imprensa jornalística  ou  televisiva, nos incita a que cada votante escolha o seu Partido preferido para que, finalmente,  tudo isto  acabe por... entrar  nos eixos !...

Com um sentido "brincalhão", face ao que já tenho publicado nestes meus blogs, há leitores amigos que já me titularam de "Velho do Restelo Grisalho", o que não me incomoda, pois levo tudo para o lado brincalhão, dada as velhas amizades com que me têm distinguido, e, essencialmente mercê de certas virtudes, por vezes dolorosas, me  têm  batido à porta.

A prepósito, venho citar uma circunstancia que, no passado,  já  muito distante, se desenvolveu, sem que, com isto, venha a  querer dar especial preferência ao Partido Politico interveniente. nesta questão, mas apenas pretendo ressaltar o modo  humano como fui atendido, por parte de uma Entidade Politico/Partidária, Doutor PAULO PORTAS.

Tinha acabado de chegar, a Lisboa, vindo de Angola, e, na época da "exemplar descolonização", em que nada nos foi fácil, tanto eu, como a minha saudosa e Santa Mulher, fomos confrontados com graves problemas de sobrevivência, ao ponto de, ter dirigido pedidos de socorro, por vias legais, a todos os Partidos na Assembleia da Republica.  De uma forma generalizada, as respostas que recebi, diziam quase todas o mesmo... "Lamentamos, mas não nos é possível...etc...etc."

Porém, naquela  fase, bem traumatizante, acabei por  receber, por parte do Sr. Dr. Paulo Portas, uma resposta ao meu pedido de socorro, e faço divulgação da "papelada" (com a devida vénia) que este Ilustre Senhor me enviou, e ressalvo, que foi a única Pessoa que teve a atenção e gentileza de atender às minhas solicitações socorristas...



Bem hajam...

Tá?!...

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