quarta-feira, 6 de abril de 2016

...A quebra do silêncio dos BONS .....





Aqui estão sepultados,  no Cemitério de Olhão, heróicos Combatentes que, pela Pátria, "marcharam contra os  canhões", na guerra do Ultramar.

Foi a propósito do início da leitura do livro, de autoria de João Peres, com o título "MEMÓRIAS", que me atrevo a "rebuscar" o sentimento que me ocorre, acerca do que se "desenrolou" ao redor de um clima, em que eu também estive "infiltrado", pois reverte-se  de um panorama em que uma dor só a sente quem tem a ferida, ou seja a morte dos Ente Queridos  !....

Quero com isto expressar, sentimentalmente, o desgosto, e a dor, que, logo nas primeiras páginas deste prestigioso Livro (vem descrito), teriam  sentido os Familiares, como em muitas outros circunstancias, se viram perante o que tomo a liberdade de identificar, como fonte esclarecedora.


 

 

Para melhor interpretação,  transcrevo. e sublinho o sentido que pretendo seja dado com  esta minha "filosofia" de que o SILÊNCIO DOS BONS, por vezes só é quebrado quando estamos já junto a Deus, no Céu Eterno...

..."Quando ainda tinha muito para dar e viver não resistiu a um problema de saúde que se tornou fulminante.

Faleceu em 1 de Fevereiro de 2014, tendo os familiares, amigos, colegas e estudantes universitários acompanhado o féretro para  última morada no Talhão dos Combatentes, no Cemitério 16 de Junho, em Olhão.  Residia em  Olhão.. ".

A força do Destino... de Todos Nós !....

                                                            *******************

Sem pretender subestimar a valiosa obra literária de autoria do Grande e Ilustre Obreiro, João Peres,  digno Presidente  do  Núcleo de Olhão da Liga dos Combatentes, ouso aqui reproduzir uma fotomontagem extraída da também grandiosa obra literária, que, em tempos, o Círculo de Leitores publicou, titulada "A Guerra de África", da autoria do também excelente Escritor, José Freire Antunes, que emitiu uma imagem, que me fez recordar, um episódio comigo ocorrido em Angola (Luanda), que foi o seguinte:

Nunca estive, propriamente, aos tiros na selva africana, para abater o inimigo que se opunha à estabilização política assumida por Salazar, na época, mas compartilhei da reactividade de acções tendentes à estabilização de um clima de paz e ordem, na terra onde nasci - Angola.

Certo dia, um familiar muito próximo, devidamente fardado (infelizmente já falecido), tinha acabado de chegar, vindo do mato, e ao  aproximar-se da minha  pessoa, desdobra um grande volume, e o que Ele me mostrou... uma série de catanas, todas elas ainda fresquinhas e abarrotadas de puro e fresco sangue, proveniente de combates sucedidos durante a noite anterior... e que cheiro  nauseabundo !....

             
As facadas... no mato, tombando o feroz inimigo...

Capa de Livro.



Tá?!...

Sem comentários:

Enviar um comentário