domingo, 10 de abril de 2016

Nos dias de hoje, isto já não acontece...

O Autor...
Pois, este " bebezinho", que aqui vemos,  todo contente,  é o Armando (Mandinho), autor deste blog, fotografado em Cabinda (Angola), nascido em Luanda, a 12 de Abril de 1928.

Hoje, este  "gajo", vive em Olhão, cidade onde pensa vir a ser soterrado, aquando da sua partida para junto da que foi sua Esposa (Alvarina Teresa), que já  repousa, eternamente no Céu, em Paz e Descanso.

Os  dois  maninhos...
Meu saudoso irmão,  José Duarte (Zé Bate), aqui também fotografado a meu lado, quando ambos vivíamos em Cabinda, há  mais de meia centena de anos, quando adulto exerceu funções laborais em Angola, como funcionário dos CTT e exímio e competente operador na  Marconi. Certo dia, em Luanda, contou-me ele o seguinte:

Como sabem,  na época Natalícia, Portugal estando no hemisfério Norte, tem um clima cujas temperaturas chegam a tingir graus negativos, e, ao invés, em Angola, nessa época, estando no hemisfério Sul, o calor é tanto, que só nos apetece é tomar banhos nas praias de águas cálidas. Até as funções de horários de trabalho, diferem bastante, entre Portugal Continental e Angola, na mesma ocasião.

Naquele tempo, não existiam ainda carreiras de aviação, nem televisões, e as comunicações entre a Metrópole e o Continente Africano, limitavam-se tão-somente às comunicações através dos fios  telegráficos e edições temporárias emitidas, exclusivamente,  pela Emissora Nacional, Lisboeta.

Contou-me, esse meu saudoso Irmão, que tinha acabado  de receber a noticia telegráfica, pelo cabo-submarino, salvo erro, a informação  de que o primeiro prémio da Lotaria de Natal,  fora para Angola, dando conta do número que fora premiado. Ora, como ainda estavam à venda os bilhetes da Lotaria, em Luanda, àquela hora, dessa mesma edição, haveria ainda  a possibilidade, em Luanda, de adquirir o bilhete de lotaria  que continha o número mais premiado, que se supunha  estar na livraria Lello. Disse-me, esse meu Irmão, que nem sequer deu um passo para ir comprar o bilhete sorteado, pois conhecia, antecipadamente o número do bilhete de lotaria que continha o primeiro prémio da Lotaria de Natal. E fê-lo, em obediência ao cumprimento que assumira, quando admitido na Empresa, de Guardar Sigilo, temporário, de toda a informação que  recebesse do Continente Europeu. Já vão decorridos muitos anos, e,  que me lembre, não sei quem fora o Novo Rico que adquirira tal bilhete premiado.

Coisas do Passado, que já não voltam...

Tá?!...

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