segunda-feira, 18 de abril de 2016

A verdade da mentira.

Por vezes há histórias que nos fazem duvidar se,  de facto,  existe alguma bondade neste mundo ou se,  afinal, não passa  tudo de esquemas para que alguém fique muito rico, fazendo-nos,  no entanto,  acreditar que é tudo em nome da caridade e do bem.

Vem isto a propósito  de uma reportagem que passou na televisão onde era revelado que a maior parte da roupa que é colocada naqueles contentores, especialmente criados para o efeito e que todos acreditamos  ir chegar a quem menos tem e mais precisa, vai afinal para lojas de venda de roupa em segunda mão. Estas recebem assim a matéria prima praticamente a custo zero,  alimentando um negócio que movimenta milhões de euros.

É nestes  momentos  que chegamos a duvidar de tudo e de todos. Será que alguém faz o bem realmente  sem olhar a quem, ou não passa tudo de uma fachada,  de uma grande e elaborada mentira para que algum chico esperto fique milionário à  conta  da ingenuidade de todos nós? Quero acreditar que há pessoas  realmente boas,  mas às vezes fica  difícil ...

Entretanto,  um amigo que me tem acompanhado nestas minhas aventuras pelo mundo bloguista,  conta-me uma história que o deixou revoltado. Reza a história que,  em movimentado  cruzamento   da cidade de Olhão circulava uma carroça que transportava uma família  de etnia cigana,   carroça essa onde várias crianças se encontravam em situação precária,  em risco de cair e serem atropeladas. Claro que se acontecesse tal desgraça  a  culpa seria do pobre automobilista que circulava tranquilamente e em cumprimento de todas as normas do código da estrada. Como se não fossem suficientes as condições de insegurança em que as crianças eram transportadas,  conta o meu amigo que o homem, pai da família,  decidiu aumentar ainda mais a dose de perigo ao fazer inversão de marcha em zona de duplo risco contínuo,  colocando-se  a si e à sua família em risco,  bem como todos os veículos que por ali circulavam. Isto,  claro, cometendo uma infracção considerada muito grave ao código da estrada. Refira-se que não pareceu muito preocupado com isso,  concertadamente confiante na protecção que a sua condição étnica  lhe confere.

E assim vai o mundo. Um mundo  cheio  de injustiças,  onde nem tudo é o que parece e onde nos podemos desencantar com o que aceitávamos como  uma verdade. Enfim,  o segredo estará em não pensar demasiado,  pois se o fizermos poderemos ficar loucos...

Tá?!...

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