segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cambalhotas financeiras...

Há cerca de 24 horas a TVI,  bem como outros canais noticiosos,  veicularam palavras do nosso muito amado Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, em que este afirmava não pretender aumentar impostos. Quem sabe ainda sob o efeito  benéfico das férias de verão,  o nosso Primeiro soou magnânimo, procurando descansar os Portugueses já tão causticados por uma carga fiscal das mais elevadas da Europa. Ouvi algures na TV  que,  caso se venha a confirmar este aumento,  de 23% para 24%,  o IVA em Portugal ficará mais de 4% acima da média da União Europeia.

Dizem que o possível aumento do IVA será para compensar os chumbos do Tribunal Constitucional e a quebra de receita fiscal que  daí resultou. Tenho uma sugestão: Em vez de aumentarem impostos,  porque não cortam nas muitas mordomias  de que os nossos políticos ainda  usufruem ? Ainda,  aproveitando escândalos financeiros recentes,  porque não uma Lei que possa punir exemplarmente os responsáveis, nomeadamente através da apreensão de bens e riquezas,  afinal ilegalmente acumulados ?

Entretanto o  jornal Económico notíciou há apenas dez horas,  do momento em que vos escrevo,  que o PSD, que é como quem diz o Governo,  quer,  mesmo, aumentar o IVA. Ao que parece o CDS não está muito virado para tais aumentos. Tal desacordo parece fazer antever conflitos na coligação que sustenta o Governo. Iremos ainda ver Coelho e Portas à pancada ?

Os portugueses,  esses,  parecem manter a habitual calma,  quiçá mais preocupados com o murro que o Ronaldo deu no jogador do Atlético de Madrid,  com a expulsão do Jesus do banco do Benfica, com penalty que o Nani falhou ou ainda com a crise existencial do portista Ricardo Quaresma.  Ou então é o hábito enraizado de ver sempre os Governos,  independentemente da cor,  deixarem  rebentar a corda sempre do lado dos mais fracos...




O  Verão está a chegar ao fim. Vamos esperar que o Sol não tenha dado cabo da moleirinha daqueles que nos governam e que o Outono traga a tranquilidade necessária  para que possam,  a quem de direito e dever, tomar as decisões mais adequadas  que podem bem ser as mais difíceis por implicarem maiores sacrifícios aos governantes e não aos governados...

Tá?!...

PS - Este  texto foi elaborado com a preciosa colaboração de um Especialista Financeiro e Económico,  cuja identidade foi solicitado que não revelasse. Chamemos-lhe apenas Doutor X...

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