quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A memória não pode ser ceifada......

                                                  "Não apaguem a memória" -

  Pois  a  Internet é um  Mundo  fascinante !... Tem de Tudo... E então, para quem  se serve do seu esplendoroso conteúdo, para mitigar o isolamento  que afecta  os da Terceira-Idade,  é um autêntico  bálsamo flutuante !  Com relativa  facilidade, hoje em dia,  consegue-se adquirir um simples computador, o suficiente para que um velhote, como eu, se distraia na busca de acontecimentos  historicos  ocorridos  desde que o Mundo é Mundo !...

E desta vez , pesquizando,  ao acaso, ressaltou-me,  entre as pesquizas ocasionais, o que  de  seguida vou  relatar.:


Trabalhava ainda na minha Terra Natal - Luanda (Angola),  numa altura em que nem se pensava  em Televisões, mas, pela Rádio ia acompanhando  o desenrolar  de um acontecimento que estava apaixonando , principalmente, toda a população portuguesa, como se vai  verificar: Nessa altura, ingenuamente, ainda confiava na solidez de Angola, mas como província ultramarina portuguesa.  As minhas principais preocupações laborais,   na altura, , assentavam especificamente em trabalhos inerentes ao  equilíbrio contabilistico entre Activo e o Passivo da Empresa  onde exercia funções de chefia e directivas.

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Transcrição, (com a devida vénia) de parte de um  episódio relatado, (pag. 57)  que absorveu a ansiedade da população em todo o Universo, e que na historia ficou  reconhecida como  sendo o capítulo " SANTA  MARIA - O PAQUETE  REBELDE""...

Transcreve-se, parcialmente e  somente este texto, pois  pretendo evidenciar o comportamento de quem, com dignidade e honra,  no cumprimento do seu dever profissional, acabou por ser abatido e morto, injustamente - um piloto que aos  comandos  de um  paquete que  transportava centenas de passageiros inocentes, era   responsável pela segurança de crianças e adultos, passageiros do navio mercante, em pleno mar aberto. - João José Nascimento Costa :-

...Enquanto os passageiros dormiam, ocupam a "ponte" de comando.  a cabine de TSF (rádio) e dominam o pessoal de serviço " de quarto"  ao navio.  O grupo de assalto constituido por portugueses domina com facilidade toda a oficialidade do navio. O mesmo não acontece ao grupo espanhol,  constituido por sete homens, encarregado de ocupar a "ponte de comando" do "Santa Maria". Nessa operação um tripulante ficou ferido e o 3º piloto, de nome João José Nascimento Costa, ao tentar  resistir foi mesmo abatido por um dos assaltantes espanhóis.
Segundo o testemunho de Henrique Galvão, "(...) o grupo de Sottomayor (...)   encontrou inesperada resistência  por parte do oficial que estava na ponte do navio, o único individuo corajoso que encontrámos entre os 350 elementos da tripulação do  "Santa Maria." 
Uma breve troca de tiros na escuridão da ponte resultou na morte deste oficial e  ferimentos em outro".
Apesar de o capitão do navio   teria afirmado que não havia armas a bordo, algumas das munições disparadas eram de calibre diferente das utilizadas pelos menbros do "comando", apesar de a arma ou armas que as dispararam nunca gterem sido encontradas " Contabilizaram-se 17 impactos de balas no espaço da ponte do navio".
Na confusão que se gera,  dois outros elementos sofrem ferimentos de gravidade. João António Lopes de Sousa e o Dr. Cícero Campos Leite, médico da emigfração portuguesa. O Dr. Cícero Leite teria sido mesmo atingido a tiro nas costas quando tentava fugir,  porém sem lhe afectar os pulmões. Foi operado pelo médico de bordo, Dr. Teodomiro Borges e por um clínico espanhol que fazia partte dos passageiros, para lhe extrair a bala. O médico de bordo declara no entanto, que não dispõe de condições para tratar  o outro ferido, o praticante de piloto João António Lopes de Sousa, que se encontrava em estado grave e a necessitar de hospitalização, com três balas alojadas no corpo. bem como a antónio José Pires, com sintomas de forte ictericia e depressão nervosa
De acordo com Herman Muñoz Garrido, da tripulação faziam ainda parte elementos como o enfermeiro Manuel Nunes, o cfriado antónio Pinheiro Gonçalves, o Capelão de bordo Padre Xavier Irigoyen e o artífice António José Garcês."..

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 Ora aqui temos  alguns dados históricos,  espelhados por intermédio da Internet, que nos permitem ajuizar o que se passou com o assalto ao paquete "Santa Maria",  e, que me lembre,  quando o navio atracava ao cais de Lisboa, depois destas "desventuras",  Salazar pronunciara,  que me lembre, o seguinte:
                                 "Temos  novamente connoso, são e salvo, o "Santa Maria"..

                                          OBRIGADO  PORTUGUESES " !

Cais acostável em Lisboa - chegada do paquete "Santa Maria".


Tá?!..
a






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