segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Dados de um distante passado...

O Senhor Carteiro, cumprindo a sua digna missão de" encaixar" nas caixas destinadas  à recepção  do  Correio, de  uma forma geral,  colocadas logo  à entrada dos edificios,  deixou-me, esta manhã, na minha caixa de correio, a revista ( do sector bancário) que aqui deixo fotografada (FEBASE)

Após uma breve leitura do seu conteúdo,  muito  apreciável,  na página "Atualidade", despertou-me certa atenção o que vem descrito sob os titulos "Os sacrifícios"...e  "... e as benesses", que reproduzo, parcialmente, quanto ao capitulo das "benesses".

-CES: os pensionistas com reformas até 4611,42€ deixam de estar sujeitos a esta contribuição. As pensões até 7126,74€ sofrem um corte de 15%.  Dedução espedifica no IRS sobe ( pensões acima de 1607€).
- Pensões mínimas: as pensões mínimas de velhice e invalidez e dos trabalhadores agrícolas, bem como o complemento por dependência, aumentam 1%.

Talvez em razão da minha  avançada idade ( não muito longe de atingir os 90 anos ...) sinto-me um tanto " distanciado" das novas  regras  interpretativas eminentes das clausulas  que "acimentam" o tipo de contabilização dos direitos adquiridos pela classe trabalhadora, em função do tempo de serviço  e trabalho prestado à  competente   Entidade  Bancária.

Há um ditado, na nossa lngua portuguesa,  que diz- "De seu, a seu dono ..."... e não  quero com isto dizer que sou um  "velho sem abrigo" ou queixar-me,  demasiado, das infelicidades que vieram  ser "deflagadas"  consequentes da ... "exemplar descolonização".  Não deixo de reconher, que, infelizmente,  houve  gente a quem a  "benevolência" nunca lhes bateu à porta....

Mas,  face ao que vem descrito na revista acima  mencionada ,  tambem não deixo de reconhecer, que, a muito boa gente,   que em comparação  em matéria de "beneficios",  algo,  em desigualdades, não deixa de ser  um tanto curioso.

Como disse,  exponho o meu caso pessoal,  apenas no sentido  para melhor interpretação que vim  a extrair da leitura das tais "benesses" , relatados na revista bancária Febase.

Em Angola, iniciei a minha actividade laboral, apos ter concluido o Curso Complementar do Comércio,  do qual retenho o Atestado de Profissão,  concluido  com elevados valores de actuação.

Em Empresas nacionais e estrangeiras,  prestei colaboração  efectiva, durante anos,   dedicando-me a ajudar a construir  e edificar "novos mundos", sempre na base da disciplina do respeito, honestidade e dignidade, documentalmente comprovado.  Até que, a certa altura,  a convite de Personagens  chegadas a Luanda, vindas da Metropole e Árica do Sul,   acabei  por   me incluir  na  equipe que   fundou o célebre ( e agora extinto)  BANCO TOTTA-STANDARD DE  ANGOLA,.
Inauguradas as  suas instalações, deu-se inicio  a uma actividade bancária,  em cujo quadro ingressei como Técnico Oficial  de Contas , tendo-me sido atribuido o cargo de Chefe da Contabilidade, na Direcção Financeira,  no qual  desempenhei funções, a contento, até à altura em que, já proximo da data da independência de Angola, tive que recorrer, com urgência, aos serviços clínicos em Portugal, dada a inexistencia de médicos, na altura,  em Luanda.

Dada a independência,  dias depois, estando  ainda em tratamento em Lisboa,  fui informado,  que todos os meus haveres deixados  na minha residência, em Luanda, tinham acabado de ser DESTRUIDOS!. Destruiram-me tudo quanto tinha lá deixado. Nunca soube quem foram os autores de tamanha  "aventura" !...
Meus companheiros de Trabalho - Luanda... Banco Totta-Standard de Angola.

Face as circunstâncias adversas, provenientes de tal "colapso", por força  de um Despacho Ministerial,  fui admitido nos quadros do Banco Pinto & Sotto Mayor, onde prestei serviço, mas  admitido  ao nivel de principiante bancário....  Não obstante  ter sido admitido num nivel muito baixo,  fui escolhido para, em representaçao do Banco, exercer a chefia tecnico/contabilistica, numa empresa de grande envergadura,  em que o Banco era  o principal responsavel, Nacional Rádio, na Cruz Quebrada,  de onde acabei depois por ser substituido por um Elemento de Elevada Envergadura administrativa.  Posteriormente, grandes louvores foram-me, depois,  dirigidos por parte da Administração Bancária, mas sem aumento salarial...

Transferido, mais tarde, para outras instalações bancárias, em   Matosinhos, por força de agravamento das condições de saúde,  fui colocado, então, na situação de Reformado, com direito apenas  a uma  única pensão de reforma, cujo montante  pode-se equiparar ao do  nivel de admissão de um Aprendiz da Banca.= 748,54€.


Pensão de  Reforma - 748,54€
.Nota adicional- Anexo  cópias de alguma documentação relativa à minha actividade,laboral, exercida em Angola.
 ULTIMA HORA-
Os meus agradecimentos a Todos que me  teem honrado com o envio das suas felicitações. e agrado  deste meu singelo e despretensioso trabalho bloguista  Bem hajam. pela vossa amável  gentileza....










Tá?!...

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