quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Critérios, injustiças e malfados deste mundo...

O processo de descolonização de Angola, e das restantes colónias, foi orientado de forma desastrosa, como se tem falado muito nos últimos quase 40 anos.
Pessoas que viveram e trabalharam toda a sua vida nesses territórios viram-se na contingência de ter que abandonar rápida e sumariamente as suas casas e pertences de toda uma vida por força de um movimento que, literalmente, as amordaçou, escorraçou e subtraiu do que lhes pertencia.
A política e os homens que a conduzem são, frequentemente, pouco sensatos. Não acautelam devidamente os interesses de quem servem,. cegos, quiçá, pela própria ambição, por interesses económicos obscuros ou, ainda, pela própria incompetência ou capacidade para fazer melhor...
Muitos sairam com uma mão à frente e outra atrás. O emprego e o local de trabalho não foi alvo de abandono, simplesmente deixou de existir....
A tristeza por tudo isto agravou-se quando constataram que os direitos dos quais julgavam poder usufruir, ao nível de pensões, seguros de vida e outros, não eram assegurados, com base em desculpas de mau pagador...
O desmoronar dessas colónias foi o desmoronar de muita vida e o início também de problemas que nem sempre se conseguiram resolver... E quando, aparentemente, se resolviam, isso era apenas uma forma de escapar impune com o mínimo de responsabilização. E foi triste...
Foi triste ver entidades tidas como idóneas se escusaram ao cumprimento das suas obrigações, acenando com esmolas que as pessoas, já fartas e cansadas de tanta injustiça, acabavam por aceitar....


Depois há outros...
Aos 38 anos reformam-se com mais de 12.000 euros mensais. Que tinham uma profissão de desgaste rápido, que deram muito ao país.... Tudo desculpas. Estarão inválidos para continuar a trabalhar, ainda que noutra área? Os salários milionários que auferiram ao longo de uma carreira não são tidos em conta? Enfim, uns são filhos e outros são enteados...


VER "A Reforma do Vitor Baía"

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