segunda-feira, 1 de outubro de 2012

...PENA DE MORTE EM PORTUGAL???.. NEM PENSAR !!!...

As recentes conclusões/parecer do Conselho Nacional de Ética e posteriores declarações públicas do seu "representante" aproximam-se do ridículo, revelando uma total insensibilidade e uma falta de tacto para lidar com este tipo de questões que parece estar a criar raízes nas classes dirigentes e responsáveis do nosso país, em diversos sectores, neste caso concreto, da saúde.
Estes senhores parecem desconhecer os significados de algumas palavras da língua portuguesa. Parece que queriam dizer "racionalizar" mas disseram "racionar". Não parece razoável atribuir à palavra "racionar" o mesmo significado que a palavra "racionalizar".
Segundo o Dicionário Priberam da Língua portuguesa:


racionar v. tr.
1. Impor oficialmente ração a.
2. Distribuir (géneros) em rações.
3. Limitar a quantidade de.

racional adj.
1. Dotado de raciocínio.
2. Que só se concebe pela razão.
3. Razoável, conforme à razão.
4. Fundado no raciocínio (opõe-se a empírico).
5. [Astronomia]  Diz-se do círculo máximo da esfera celeste cujo plano é perpendicular à vertical do lugar de observação.
6. [Matemática]  Diz-se da quantidade cuja relação com a unidade pode ser expressa por algarismos.
 


Ora, como se entende facilmente, racionar e racionalizar não é exactamente a mesma coisa. Bem pelo contrário! Racionar tem a ver com cortar algo que é necessário mas que por alguma razão EXTREMA deve ser limitado, ainda que seja importante. Racionalizar tem a ver com RAZÃO, algo que parece faltar a estes iluminados senhores.

Por outro lado,. é de uma irracionalidade extrema a ideia de avaliar o tempo de vida de uma pessoa que está em sofrimento e se valerá realmente a pena gastar mais uns euros a mitigar esse sofrimento ou se será melhor deixá-la morrer... Isso é quase uma pena de morte, uma eutanásia encapotada.

As pessoas não são números. As pessoas não comem euros. Os euros não são seres pensantes e com sentimentos. Primeiro, as pessoas, depois o dinheiro, pois sem as pessoas o dinheiro não faz qualquer sentido.

O valor da vida humana e a qualidade da mesma não se mede com gráficos ou em reuniões de gabinete. É inestimável e o seu valor infinito.

Não que deva haver desperdícios... Nem agora nem nunca. Mas achar que podemos pensar sequer em negar a diminuição de um sofrimento em função de uns quantos euros, isso NÃO, é como uma pena de morte, a qual foi, há muitos anos, abolida no nosso país !!!!

Pede-se bom senso, inteligência e sabedoria, nada mais... Tá?!?!


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