sábado, 21 de fevereiro de 2015

Repassando o passado / revivendo remotas efervescências..

Leitor(a) Amigo(a), a razão de vir agora  repassar tormentos que este velho Português de Angola teve que enfrentar, mesmo já com cabelos brancos, prende-se com uma gentil oferta, de um livro, obra literária que já tinha adqurido, em tempos, um exemplar igual, da autoria da jornalista, Drº. Alexandra Marques, intitulada "SEGREDOS DA DESCOLONIZAÇÃO DE ANGOLA" na qual sobressai "... Toda a verdade sobre o maior tabu da presença portuguesa em África"

Abordei, em blogs anteriores ao presente, temas conotados  sobre  a Guerra Colonial, com ocorrencias  emocionantes, (algumas até vividas pessoalmente) em que a solidão, a indiferença e o isolamento e a tristeza, eram os factores que mais se sobrepunham aos restantes.

Esta foto, extraida de uma das paginas da obra acima mencionada, revela bem como e quando os Refugiados (os ditos Retornados) abandonam Angola, Janeiro/Setembro de 1975.


Não foi, porém   deste modo, e por esta via que levantei voo a bordo de um avião gigante, com destino ao aeroporto de Lisboa,  atendendo  que as circunstâncis impostas que me obrigaram a tal viagem aérea, com destino a Portugal eram totalmente  diferentes. Nunca pretendi abandonar a Terra que me viu nascer, pois, a despeito do "fervor" de vida, que nos era imposto, dada a aproximaçáo do dia da independência de Angola, em minhas veias corria  ainda o sangue para um projecto, aderente,  de que a independência à vista seria para que todos os Angolanos vivessem em Paz, Solidariedade e Fraternidade

Mas Deus é que comanda os nossos destinos... Embora com a Familia (Mulher e Filhos),  providencialmente salvaguardados, em Portugal, dos horrorosos extremismos da época, que se vivia em Angola, à última hora, fui atingido por uma doença grave, que, devido à ausência de Médicos e meios de salvamenteo adequados à minha súbita doença,  a unica alternativa foi a de me meterem, à força,  num avião, cheio de passageiros, e levantar voo a caminho de um Hospital em Lisboa. E foram os cuidados  clinicos, em Lisaboa,  que me prolongaram a vida...

Em tempo de PAZ e sossego,  nunca fôra perspectivado qualquer. abandono a Angola, e, a prova está que, para solidificar a nossa presença  numa cidade em que o calor era "escaldante",  para o suportar, mandei instalar, a dada altura, ar condicionado  em  toda  a  miha residência, em Luanda.   Até uma máquina de  filmar fazia parte do meu património, para filmagens  de um futuro encantamento...





 

Resumindo... Após a celebração do dia da independência de Angola... recebo, mais tarde,  aqui em Portugal,   a notícia, de que todo o meu recheio deixado na minha residência particular,  em Luanda,  fora totalmente destruido..

Tá?!...

Sem comentários:

Enviar um comentário