segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Com a corda ao pescoço....

Desde 1143, ano em que D. Afonso Henriques deu início à empreitada sem fim que é Portugal, o país, e o mundo, tem passado por bons e maus momentos. Se tivesse que comentar, à laia de comentador televisivo, modelo Marcelo Rebelo de Sousa, diria "há boas  e más notícias". As boas é que  quase mil anos depois ainda por aqui andamos. As más, é que não sabemos por quanto tempo e se realmente somos o mesmo Portugal ou apenas mais uma  província do FMI, dos Bancos, em suma, das troikas e baldroycas.

Em breve prescreve o processo dos submarinos comprados por Portugal a um grupo alemão. Qual D. Sebastião, documentos importantes desapareceram, outros foram intencionalmente destruídos e aposto que o nada que agora temos vai dar em nada, como é habitual, quando gente importante está envolvida.

Entretanto os bancos continuam a dar prejuízo, quando num passado não muito distante proporcionavam aos seus accionistas lucros anuais consecutivos de centenas de milhões de euros. Os funcionários lutam pelos seus postos de trabalho, dispostos inclusivamente a baixar salários para salvar o seu ganha pão. Que sucedeu ? Os iluminados que dirigem todas estas instituições desaprenderam como ganhar dinheiro ? Ou terão sido os lucros do passado apenas o resultado de cosmética financeira ? Penso que nunca saberemos toda a verdade. O que sabemos é que um meio pouco transparente como o financeiro está cada vez mais opaco. Últimas notícias dão conta de um perdão de dívida ao defunto BPN, por parte do excelentíssimo Senhor Presidente do Benfica, conhecido como o "Vieira dos pneus", no valor de 17 milhões de euros, isto entre outros perdões e mistérios que envolvem este pequeno Banco.

A história continua e escreve-se a si mesma. Os desgraçados que auferem salários e pensões de miséria vêem-se cada vez mais miseráveis com os cortes a direito, mas sem direito, por parte de um Governo, de um Estado, cego, surdo e cada vez mais mudo, incapaz de justificar as suas escolhas e projectos para um futuro próximo. Quando policias se enfrentam às portas da Assembleia da República, com metade a querer entrar e a outra metade sem saber muito bem o que fazer aos colegas que, na verdade, lutam também pelos seus direitos, até que ponto temos segurança quando andamos na rua ou vamos passear ao jardim.

Olho e vejo um país, quase milenar, que em tempos dividiu o mundo em duas partes iguais com os nossos vizinhos espanhóis, teve império  imenso, hoje tem nada. A verdade, verdadinha, é que andamos todos, ou quase todos, com a corda ao pescoço, como atestam as imagens abaixo...



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