sábado, 24 de janeiro de 2015

Desconhecia e presumia ser inacreditável...

Poucas serão as Pessoas, que ao ler este meu "azedado" blog, manterão  a boa disposição com que iniciaram a sua leitura, e que após  terem descoberto uma cruel novidade, se tornem indiferentes a uma situação real, da qual   acabo de ter conhecimento, e presenciado, que é de pôr os cabelos em pé (mesmo sendo careca. e quase centenário. como eu)...

Motivado por uma eterna saudade  da saudosa companhia da que,no Altar da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Luanda (Angola), trocamos as nossas alianças nupciais,  há sesenta anos,  e resultante da sua  ida para o Céu, para junto de Deus,  pratico visitas constantes à minha Santa Mulher, Alvarina Teresa, que repousa em Paz,  no Cantinho Celestial, que, no Cemitério de Olhão,  em que  foi acomodada.

Muitas vezes, ao adormecer,  sou confrontado com ideias que me assolam, dada a solidão e  o isolamento,  para que fui "derrapado", que me fazem crer que estou à beira de perder o juízo que sempre mantive nesta conturbada vida terrena... e...
,,,pergunto a mim próprio se valeu a pena ter lutado  tanto pelo equilibrio de forças que me tornaram um homem sério, cumpridor, respeitador, solidário, honesto e.. respeitador dos fins  reguladores das  Leis  do Cristianismo ? E quando acordo,  após sonhos  "intrincados", olho para as fotografias dispersas pelas paredes e... chego a conclusão que tudo valeu a pena, e a prova advem das ditas fotos em que  estão representados  os melhores tesouros que a vida me concedeu... A Mulher que Deus já me levou, os Filhos, as Netinhas  bem  outros membros da Familia, alguns, até, fazendo  já companhia à minha encantadora Alvarina , em  que a foice  da Morte ceifou, finalmente, o nosso juramento nupcial.

Todavia, nesta conjuntura de Leis que regulam a forma de conviver, entre os humanos, os anos vão passando e, por vezes, aquilo que hoje é legal, pode, no dia seguinte deixar de o ser,  pois  outras directrizes passam a comandar novos sistemas e obrigações, que, não raras vezes, nos passam despercebidas.

Na recente visita ao Cemitério, deparei com algo que pensei ser impossível, o que dantes se dizia ser a "Vala Comum", pratica-se agora um processo que, a meu pedido de esclarecimento ao Senhor Coveiro, vim a saber que, na mesma sepultura, ou seja, na mesma cova, são enterrados dois corpos, um cima do  outro, decorrido o tempo de enterramento do primeiro, com a agravante de entre eles  não haver qualquer ligação de índole familiar. Não é bem uma "Vala Comum" mas um "buraco" onde se vão sepultar, um em cima do outro, permancendo, eternamente, como vizinhos desconhecidos.

Salvo qualquer omissão ou informação incorrecta,  sobre o caso, acho muito estranha a nova formalidade de salvaguardar o isolamento pessoal  perpétuo.

Com todo o Respeito...

A última morada...

Tá?!...

1 comentário:

  1. Que os mortos caminhem ao nosso lado e não se sintam traídos pelo nosso esquecimento.
    Que a sua Voz seja Voz!
    Adoro a sua Coragem!
    ( ... o que não é comum, para um Senhor da sua idade...)
    Um beijinho.
    Orquídea Abreu

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