quinta-feira, 13 de março de 2014

A "palhaçada" da vida...

Nos tempos em que  só aos 18 anos  é que nos  sentíamos "adultos", porque só a partir dessa idade é que  começávamos a ter certos  "direitos" ,  em termos de comportamentos cívicos,  não existiam  ainda os super-mercados , como os actuais, e nas bombas de gasolina,  só exclusivamente  pelos braços do "empregado" de serviço, é que enchíamos o deposito de gasolina, mediante  o seu imediato  pagamento, em que,  na época, circulavam os  "gigantescos"  Escudos. E só depois dessa data é que se podia matricular o numero  e aquisição individual de carro comprado, assim como a  aquisição de carta de condução automóvel..

Agora,  tudo é  tão diferente,...como por exemplo,  os meus  abundantes cabelos  negros, eram na altura semi-ondulados , apreciados e extremamente acariciados  por  lindas "mocinhas",  (a maioria delas mais ou menos da mesma idade, 18 anos !) e...nos tempos modernos , actuais, nem os cabelos brancos resistiram para dar lugar a uma reluzente  e "ofuscante"  careca ... de meter medo...

 Atendimento aos Clientes, à saída. ( há, por vezes,  comportamentos diferenciados)...
Como os tempos mudaram,  assim também os bons hábitos humanos e comportamentos se modificaram,  muitas vezes contrariando a  antiga boa compostura.

 No   moderno sistema de atendimento  e pagamento à saída dos super mercados, criam -se  longas  bichas,  onde por vezes, o comportamento  das pessoas chegam a  atingir tais pontos de indelicadeza, como o que acaba de se passar comigo.  Levava na palma da mão, um pequeno saquinho com dois pães, e, atrás de mim, uma senhora, (pareceu-me de meia idade),  empurrando um carro cheio de compras, e repleto de muitas latinhas,  com uma voz que pareceu de comando, vira-se para mim e diz-me "  eu quero passar a sua frente porque sou mais velha do  que o Senhor", e respondi-lhe " oh minha Santa Senhora, não vê que só tenho uma peça a pagar, e  alem do mais, também sou idoso".  E, para evitar discussões, cedi-lhe, então, a minha vez de ser atendido, e passou-se à minha frente.,  toda "opulenta".... E é isto o que nos espera, às vezes,  quando, pacificamente,  entramos num  dos  modernos super-mercados..

E já agora,  um acontecimento hilariante:  Não é muita a distancia  entre a minha residência e o super-mercado., na localidade. Dias em que as compras são um pouco mais pesadas, pego no meu velho carrito e "entranho-me " pela entrada   do  parqueamento automóvel do estabelecimento.   Como no dia em que a aquisição  limitava-se -se  à compra de dois pães,    não utilizei o automóvel.

Talvez  porque a "mioleira" esteja já tão frágil ,  quando me preparava para regressar a casa, desci até ao parque de  estacionamento, procurei... procurei,  o  meu carro, por todos os cantos. e... após uma hora de busca é que me lembrei que  nesse dia tinha deixado o carrito a descansar , na rua, à porta de casa! Coisas da velhice..

"O meu carro sumiu-se"...

Tá?!....






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