terça-feira, 21 de abril de 2015

A verdade vem sempre à superfice...

Meu Deus ! O que  acabo de ler no  que vem relatado na obra literária, (aqui foto-copiada), de autoria da jornalista  Lara Pawson que, de harmonia com o que está inserido numa das páginas finais do  referido Livro,  vem anunciado o seguinte:

..."Lara Pawson foi correspondente da BBC, no Mali, na Costa do Marfim e em São Tomé e Príncipe, entre 1998 e 2007. De 1998 a 2000, trabalhou em Angola, onde cobriu a guerra civil. Desde então, visita com regularidade o país. É actualmente jornalista "freelance" em Londres.".




Sou natural de Angola,  que por via de um fragilizado estado de saúde, que me afectou, pouco tempo antes da data da sua e independência,  fui  forçado a socorrer-me  com urgência a um transporte aéreo, via TAP,  no qual  desembolsei  determinada importância ,num bilhete de ida e volta (Luanda/Lisboa/Luanda) afim de me submeter a tratamentos clínicos especializados, em Lisboa,  então  inexistentes, na altura, em  Angola. Por tal motivo,  não me foi possível, como desejava, a estar presente na data da proclamação da independência da nova Angola.

Por razões pontuais, que se sobrepuseram ,  que  incluíam  os meios de tratamentos  necessários para sobreviver, ( pois estou a caminho do noventa anos de idade),  não  regressei  a  Angola, tendo fixado a minha nova residência em Portugal, na cidade de  Olhão, onde caí de "para-quedas". Adianto que, por razões desconhecidas, foram-me  destruídos todos  os bens que tinha deixado,  na minha ultima residência, em  Luanda !

Alicerçado no que acabo de ler no Livro acima,  que me foi gentilmente  oferecido, no dia  do meu  ultimo aniversário natalício, fiquei muito impressionado com  o que vem , pormenorizadamente, relatado   acerca dos tristes acontecimentos mortais,  que  aconteceram  após a independência de Angola

Fiquei com muita pena, dos que perderam a vida, e, sobretudo de uma situação que eu desconhecia,  que vem  relatada no referido Livro ;  por vir  a  ter  conhecimento que dois ex-colegas  meus, bancários, que trabalhavam no Banco Pinto & Sotto  Mayor, em Luena, tinha  sido massacrados e mortos, por  Agentes do partidarismo contrário.  Um pouco complicado....

Há até uma certa e estranha coincidência quanto a alguns relatos, extraídos do Livro de Lara, que explico de seguida:

Estava   residindo, ainda,  em Lisboa, por causa dos tratamentos a que tinha que me submeter,  quando na primeira  página, em letras garrafa is,  no "Diário de Notícias" lia-se o seguinte: " Mil mortes em Luanda".   Surpreendido, telefonei de imediato para um Familiar , em Luanda, afim de saber o que  se tinha passado nessa noite, e a resposta, surpreendeu-me "  Aqui em Luanda,  não houve mortes assim, esta tudo normal.."

Afinal. a verdade vem sempre à tona d´agua:. Houve efectivamente muitas mortes, nessa noite, mas em localidades diferentes... não em Luanda.. Eram as que  tinham  sido silenciadas, .... no livro "Em nome do Povo", de Lara Pawson..,  em que Ela diz,  na capa do livro " O Massacre que Angola silenciou"...

Tá?!...








 

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