sexta-feira, 10 de abril de 2015

As bananas de ouro...

Ontem foi um dia cheio. Por entre pequenas confusões de índole familiar,  que acabaram  por ter alguma piada,  uma situação se destacou. A história conta-se em poucas palavras mas tem contornos um pouco estranhos que apenas me atrevo a relatar.

Como habitualmente  desloquei-me a um pequeno Super-mercado próximo da  minha residência para adquirir alguns bens alimentares,  entre eles quatro pequenas bananas. Qual não foi o meu espanto quando me foi apresentada uma conta para pagamento de quase dez euros ! Refira-se que para além das bananas,  trazia apenas pão e duas fatias de fiambre,  pelo  que a quantia pareceu-me deveras exagerada.  Não costumo reclamar ( se calhar devia  fazê-lo mais vezes..) mas desta vez não me consegui conter:
     - Ó minha senhora,  há aqui qualquer coisa errada. Levo apenas quatro bananas mas o preço das mesmas aqui no talão é de mais de cinco euros. Deve haver algum engano, ou então estas bananas são feitas de ouro... É verdade que tudo está cada vez mais caro mas não me parece que cinco euros por meio quilo de bananas seja um valor razoável.

A funcionária olhou para o papelinho da conta e,  concordando que mais de cinco euros por quatro bananas era exagerado,  chamou a responsável pela loja. Esta,  consultando de novo o talão de compras,  assumiu o  erro,  justificando-o com a falta de experiência da funcionária da caixa,  a qual estaria a exercer a função há muito pouco tempo. Depois de fazer algumas contas,  acabou por apurar o valor de sessenta e nove cêntimos,  ao invés dos mais cinco euros iniciais,  tendo-me restituído a diferença. O pior veio a seguir:
     - Qual é o seu nome - perguntou -  preciso do seu bilhete de identidade e cartão de contribuinte.
Fiquei com a ideia  que me ia pedir mais papelada mas eu interrompi-a. Espantado,  recusei apresentar qualquer documento. Aleguei que o erro não tinha sido meus e que não se justificava a apresentação de qualquer documento identificativo. A dita Senhora contrapôs que se não me identificasse,  seria ela a pagar a diferença de caixa. Não me convenceu,  pelo  que,  educada e respeitosamente,  me despedi e fui à minha vida,  acabando por dizer que não tinha cometido qualquer crime ou irregularidade que justificasse a apresentação de quaisquer documentos.

Questiono-me se o erro foi de facto inadvertido. Numa conta tão pequena,  deveria ter sido fácil à funcionária da caixa detectar imediatamente o erro. Por outro  lado,  a solicitação dos documentos,  de tão estranha, não teria um qualquer objectivo obscuro que,  de momento,  me escapa ? Estariam simplesmente a ver se o engano passava em claro,  esperando que " o velhote" não desse por nada ?

Enfim,  mais uma história rocambolesca nesta nossa verdadeira,  desta vez mais do que nunca,  República das Bananas.

Tá?!...

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