sábado, 16 de fevereiro de 2013

"História de Portugal " - José Hermano Saraiva

A minha "humilde" biblioteca, acaba de ser enriquecida com mais uma publicação que a revista "Sábado"  pôs à disposição dos seus ilustres  leitores, em que o falecido, e querido, prof. José Hermano Saraiva , aborda episódios sobre acontecimentos históricos, de Portugal.



De um breve episódio extraído sob o título "24-Costumes da nobreza ", com a devida vénia e respeito,  aqui fica uma das "histórias" contidas no dito Livro, que passo a reproduzir:

..." Um último exemplo: a história dos Pereiras, isto é, dos antepassados de Nuno Álvares.
O primeiro que se instalou em Portugal foi Gonçalo Rodrigues. Tomara parte numa expedição contra os Mouros, mas quando chegou a altura de repartir o saque entre os cavaleiros achou que lhe davam menos que o devido e insultou o fidalgo que fazia a divisão: chamou-lhe fantasma, querendo com isso dizer que o via sempre na posição de vencedor, mas nunca na de combatente. Um cavaleiro do injuriado quis desafrontá-lo,  mas Gonçalo Rodriguescom uma espadeirada,  fendeu-o dos ombros à cintura. Isto era punido com pena de morte e o assassino fugiu para Portugal, onde D. Sancho II lhe deu o couto de Palmeira; aí se fixou o solar da família. A geração seguinte é representada por Rodrigo Gonçalves,  que esteve "em muitas fazendas" (combates).

Um dia chegou-lhe a notícia de que a mulher, que estava no Castelo de Lanhoso, o atraiçoava com um frade do Bouro. Correu lá, fechou as portas do castelo e "queimou ela e o frade e homens, mulheres e bestas, e cães e gatos e galinhas e todas coisas vivas, e queimou a câmara (o quarto de dormir) e panos de vestir e camas e não deixou coisa móvel". Perguntaram-lhe porque é que queimara toda a gente e não apenas os adúlteros. É que, explicou ele, aquela maldade durava havia dezassete dias; os outros habitantes do castelo alguma suspeita deviam ter e, apesar disso,  não o preveniram do que se passava". (pag. 84/85)

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As imagens dos livros, fotocopiados, aparecem aqui deitadas, sinal que repousam, serenamente,  nas prateleiras, num "sono virginal desfeito", como reza a história...

Se a moda pega... ai Jesus !!!...

Tá?!...

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