quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"... Para Angola, rapidamente e em força"...

 Lembro-me, de, em Angola, em Abril de 1961, ao anoitecer, preparando-me,após um dia de intenso trabalho no escritório, para ir tomar um "duche" porque o calor era imenso, ter ouvido, pela rádio, esta célebre frase, proferida por Salazar. "Para Angola, rapidamente e em força !". Posteriormente,  fui informado que Salazar proferira tal comunicação, por se ter apercebido que o inicio da guerra colonial em Angola, não era apenas uma guerra de catanas, mas por movimentos organizados e apoiados por potências internacionais.


Um facto curioso, que me foi dito ao ouvido, na altura, por um vizinho, que até era jornalista, ligado a um jornal nortenho, de Angola, "Jornal do Congo", transmitiu-me uma versão, relacionada com o acontecimento, ora transmitido e espalhado pelo Mundo, cuja versão não reputo ser verdadeira ou falsa...

Diz-me ele: sabe porque razão Salazar acaba de proferir semelhante comunicação?...

Respondi, "...não sei e desconheço em absoluto o que se teria passado, pois a nossa distância geográfica é abismal ( Portugal/Angola) e, como sabe, o nosso dia-a-dia, aqui em Luanda, é... trabalhar...trabalhar e, à noitinha, um rápido  duche para refrescar-nos..."

Pois fique sabendo, que a minha direcção do Jornal do Congo, encarregara alguém de confiança, para pessoalmente fazer entrega do "Jornal do Congo" directamente às mãos de Salazar, e, este, reparara que, em  primeira página, lia-se o seguinte "Este jornal não  foi visado pela censura".

Salazar perguntara porque razão o jornal não tinha sido visado pela censura, ao que responderam que os Visores tinham sido massacrados e mortos no norte de Angola. Foi, então, que a partir daí, as "coisas" tomaram o rumo que é conhecido por todos....

No meu programa "bloguista", anterior ao presente, reproduzi, na integra, uma carta publicada no Facebook, subscrita por Ana Isabel Oliveira, por cuja leitura se apercebe a amargura e tristeza por ter que abandonar o seu País por razões que se prendem com as graves dificuldades com que se vive, presentemente no País que tanto ama - Portugal !.

Estou em crer, que, se uma carta destas tivesse sido   entregue  no tempo em que o Dr, Oliveira Salazar, comandava os destinos do País, ter-se-iam, pelo menos, face as justas queixas que atormentavam a subscritora da dita carta,  tomado as providencias necessárias  e atempadas como  esta:

Rapidamente e em força. abrir portas que  conduzam  a um bom e feliz Futuro de vida. a todos os Portugueses,  radicados neste encantador País, PORTUGAL, sem que tenham que sentir a necessidade de fugir às intempéries...

Tá?!...

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