domingo, 17 de fevereiro de 2013

História Universal - A batalha do Graf Spee...


Graf  Spee, couraçado alemão de onze mil toneladas, na arte bélica do mar, em 1939, operava do Atlantico Norte até ao Índico, cuja unidade de guerra  naval fora construída, pelos germânicos, pouco antes da II guerra mundial ter sido declarada, assim como outros "couraçados de bolso", rápidos como cascáveis, pesadamente armados e capazes de despejar, com canhões de onze polegadas, 500 quilos de explosivos de dez em dez segundos, constituindo assim um grupo de três corsários alemães chamados "Deutschland", "Admiral Scheer" e "Admiral Graf Spee".

Segundo informações obtidas  dentro do circuito da Internet, " eram "monstros" na sua categoria, até então jamais vistos na arte bélica do mar, que em 1939, em somente dois meses e meio, afundaram dos ingleses mais de 50 mil toneladas  de importantes navios, sempre sumindo-se sem deixar pistas.

O Almirante Hans Langsdorff
Segundo os historiadores, de cujos relatos este programa se  alicerçou,  "Os britânicos destacaram três pequenos navios: o H.M.S.  Exeter, de8.400 toneladas, o HMS, de 6.200, e o HMS Achilles, de 5.600, para atacarem o perigoso Graf Spee, comandado pelo Almirante Hans Langsdorff.

Por dias seguidos, os três navios de Sua  Majestade, procuraram um sinal diferente no horizonte, até que, às 5 horas da manhã de 13 de Dezembro de 1939, dia claro e sem vento, foi avistada uma fimbria de fumaça, ao longe, que marcaria o início da primeira  grande batalha naval da Segunda Guerra , no Estuário do Rio da Prata, que separa o Uruguai da Argentina.

Após o grito de "Inimigo à vista" do oficial Britânico, houve um acerto de plano de combate: em vez de manterem os navios juntos, atacariam em duas frentes, para que o inimigo dividisse o seu poder de fogo.

O  vaso de guerra "Exeter" acabou por ficar isolado dos outros, tática estabelecida pelos comandos britânicos, que resultou que após uma troca de salvas entre os navios adversários, quando avançaram um para o outro, a toda a força, uma granada do Graf Spee matou a maioria do pessoal dos torpedos de estibordo, cobrindo o Exeter com uma chuva de estilhaços. Mais salvas foram disparadas pelo Spee, tendo uma granada atingido o meio da torre, borrifando o passadiço com outra  chuva de estilhaços afiados como navalhas mortíferas.

Sucedeu-se que se operou uma batalha naval, entre os beligerantes, e, que segundo os osbservadores, esta durara menos de hora e meia, e que o navio Exeter ardia adornado em chamas..

Consequente de disparos produzidos pelos navios de guerra britânicos, o Graf Spee fora também atingido no seu casco, e encostou em Montevidéu, pedindo permissão para "reparar os danos e ficar em condições de navegar". Acabou por ser imobilizado pelo notável Serviço de Informações Navais dos  ingleses, que espalhou uma complexa combinação de boatos e enganosas  mensagens telegráficas, para que caíssem nas mãos de espiões alemães que pululavam  no porto de Montevidéu, naquele dia.

O Almirante Langsdorff acreditou, pelo que se passava, estar sendo aguardado em águas internacionais para ser destruído ou aprisionado. O golpe que assegurou esse temor deu-se quando os oficiais alemães perceberam, com os seus binóculos, outro navio inglês, o Cuberland, gémeo do Exeter, juntando-se ao Achilles e ao Ajax. O Almirante perdeu então todas as esperanças vitoriosas, pelo que reuniu a oficialidade e disse: "O Graf Spee tem de ser afundado".

Logo que o Spee saiu para águas internacionais, fundeou, e embarcou toda sua tripulação nos rebocadores para a Argentina, sob o olhar vigilante e distante dos ingleses.


Assim que o sol  mergulhou no horizonte, houve uma labareda, um enorme estrondo, e o Graf Spee explodiu. Horas depois, enrolado na bandeira da velha Marinha Imperial Alemã - e não na suástica Nazi -  Langsdorff suicidou-se.

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No nossa HISTÓRIA DE PORTUGAL também  houve quem se tenha imolado, envolto com a Bandeira Portuguesa, por questão de honra e dignidade, por se ter sentido atraiçoado por uns "apátridas" -  o  heróico General Silva Porto, em Angola...

Nota: Alguns excertos foram aqui reproduzidos, com respeito, baseados  nos acontecimentos narrados por Rubens Amador - Internet.

 

Nota adicional: Na altura destes acontecimentos, o autor deste blog teria cerca de onze anos. Recordo os blocos noticiosos transmitidos via rádio (na altura não havia televisão e muito menos Internet...) em que era dado conta do que ia sucedendo por essa Europa e por esse Mundo fora,  fruto do conflito da segunda guerra mundial. Tendo sempre sido um curioso em matérias navais,  ouvia com fascínio e algum temor os relatos dos encarniçados combates que eclodiam em diversos pontos do Globo. Este ficou-me na memória pela complexidade das "negociações" entre alemães e ingleses e pela grande nobreza demonstrada pelo Almirante Langsdorff. É nos momentos difíceis que se vê a nobreza dos grandes homens e dos verdadeiros guerreiros...

Tá?!...

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