sábado, 9 de fevereiro de 2013

Um aniversário "bloguista"...


Este "LUANDENSE" foi iniciado numa data carnavalesca, ou seja, a 22 de Fevereiro do ano 2012, com  programas "bloguistas" que espelham pensamentos e obras por parte de quem tem tido um percurso de vida muito longo, e que, flagelado pela dor que uma viuvez produziu, ao fim de sessenta anos de feliz  matrimónio, viu partir, a seu lado, para sempre, o que mais amava na vida - A  ESPOSA, que por tal motivo, recorreu ao mundo bloguista, a fim de suavizar o tormento da solidão e da saudade.

Muita coisa já foi escrita, e lida pelos seus dezassete mil visualizadores - visitantes - e que vou registando em pequenos "livrinhos", que amontoei, como a foto, acima, mostra.

Nascido em Luanda - Angola - é natural que me desperte atenção tudo quanto se relacione com a terra que  me viu nascer no ano de 1928!


Nessa perspectiva, um anúncio lido recentemente  no jornal "Correio da Manhã", despertou-me a curiosidade o artigo expresso no seu conteúdo.

Porquê o "domínio da língua chinesa  (Mandarim)" num Pais, africano, em que a língua portuguesa é a dominante pela população, em geral ???!!!...

Se bem que, nos tempos da minha juventude e enquanto estudante, nas escolas havia disciplinas que faziam parte do final do Curso Universitário, como o aprender a falar em Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e que me recorde o Mandarim nunca fizera parte de disciplinas académicas.

Lembro-me dos Dignos Professores, Pimentel (o Fatal), a temível e grande Professora  universitária, a quem lhe chamavam "a Periquita", o padre Pereira (Professor de Latim), bem como de outras saudosas figuras, que embora não no campo de aprendizagem de línguas estrangeiras, noutra aérea, como o enfermeiro Boavida, que  livrou muita gente de sofrimentos hostis, do Capitão Magro Romão, como presidente da Câmara Municipal e simultaneamente Comandante de Policia, e que se levantava às cinco horas da madrugada a fim de, no seu automóvel, percorrer, àquela horas, obras iniciais na construção civil que não estivessem dentro das condições programadas e acordadas, ele próprio, com ajuda, destruía ou derrubava , de imediato, o que estava a ser construído "fora da Lei", e mandava depois pôr tudo nos "eixos", e que o levou depois a ser "enxutado" de novo para a Metrópole, por razões não óbvias, o Sinaleiro que com a sua farda e montado num pedestal, ia disciplinando o caótico trânsito que se ia amontoando num cruzamento  difícil e que à medida que assinalava a sua bandeirola, ia cantando e dançando o "samba", a Dª. Ermelinda que, na sua esplanada/café, à beira-mar, na ilha de Luanda, volta e meia  lá ia dar um "socorrismo" a um banhista em situação aflitiva, o bater dos tacos de madeira sobre o asfalto derramado na construção de uma estrada, cantando (trabalho que hoje uma máquina movida a gasolina, leva  meio-dia a concluir e que antes, o mesmo trabalho executado pelos meios braçais, levava  três a quatro dias... enfim, lembranças de que, infelizmente, muitos não podem  relatar, por terem partido já para o Além...

O tempo vai ceifando...

o autor
À saudosa Esposa





Uma  Fazenda em Angola
Terra querida...

O Pensador...

Cemitério - Luanda

O tempo corre, a saudade fica...

Tá?!...

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