quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A máquina do tempo... passado!

Soneto da Mulher Ideal

Vinicius de Moraes

Pra fazer poesia
Tem que ter inspiração
Se forçar ..
Nunca vai ficar boa
Se não..
É como amar uma mulher só linda
E daí !??
Uma mulher tem que ter alguma coisa alem da beleza
Qualquer coisa feliz
Qualquer coisa que ri
Qualquer coisa que sente saudade
Um pedaço de amor derramado
Uma beleza ...
Que vem da tristeza
Que faz um homem que como eu sonhar
Tem que saber amar
saber sofrer pelo seu amor
E ser só perdão


Saudade... Palavra sentimento, estado de alma, bem portuguesa, que exprime a falta avassaladora de algo ou de alguém. Seu verdadeiro significado é impossível explicar por palavras, escritas ou faladas. Só quem sente, é que sabe. Mas quando sente, sente que é saudade.

Dizem-me que tal palavra apenas existe, com tal significado inexplicável,  na nossa língua portuguesa. Será a causa ou a consequência do eterno revivalismo de quem é português ? Não sei,  não sou entendedor e tais matérias, apenas sei o que sinto e o que sinto é saudade.

Saudade de ser jovem, saudade da força e energia de outros tempos, saudade dos tempos em que vivi no grande continente africano,  saudade
de Angola,  saudade de Luanda. Saudade sinto ainda daqueles que foram e já não voltam. Saudade da Mulher, Amiga, Confidente de mais de sessenta anos. Saudade, Saudade e mais Saudade. É a Lei da vida e da morte, mas que a saudade não reconhece.

Em Luanda,  fomos Padrinhos de casamento de  casal  amigo.
Mitigo o sentimento nas teclas já gastas. Olho para o passado através da janela do presente,  parecendo que o futuro já não está. Recordo, revivo, mais uma vez, com saudade.

Vivo hoje um dia de cada vez, consciente do passado, sabedor do dever cumprido. Sei que um dia, Esposa amada, nos vamos reencontrar. A inevitabilidade da natureza assim o dita. Até lá vivo o presente e vejo-te quando olho pela janela para o Céu azul brilhante, lá fora...

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