segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sem prazo de validade...

Cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

 
O Autor, sessenta anos no passado
 
 
Mas que raio é isso do Tempo? Procuro significado, encontro mais de nada... Parece uma pescadinha de rabo na boca; quanto mais pensamos, menos sabemos.

Deste dia não me lembro...
... apenas sei porque leio palavras há muito escritas


O tempo são dias, horas, minutos, segundos. Por vezes pode chegar a ser um ano ou mais, ainda,  quem sabe, um século.
 
Na vigia, atenta a tudo
 
São imagens,  cartas, memórias que se sucedem e que parecem não deixar espaço para mais nada.  Por vezes  iludem, as memórias, enganando quem hoje pensa  que o que aconteceu ontem vai também acontecer amanhã.  Não há dois dias iguais,  o segundo que acaba de passar diferente foi do segundo que agora virá.
 
Ainda se lembram disto ?


Palavras escritas, numa folha de papel amarelecida,  fotografias impressas em papel grosso, desenhos feitos em folhas de cartão. Momentos do tempo capturados, congelados, pedaços de ontem que hoje olhamos, pensando no que será  amanhã.
 

Palavras guardadas com corações... de ouro !





...e os anos vão passando...
 
 
 
Saudade,  um sorriso, a lágrima que teima em cair. Afiadas farpas que picam sem doer, que doem sem magoar e que magoam sem se ver. Assim são as relíquias que vamos guardando, com medo de esquecer, e que, de quando em quando,  nos chamam para que,  de novo, as olhemos, para hoje reviver o que foi ontem. Até porque, como dizia o outro, recordar também é viver...


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