domingo, 22 de setembro de 2013

O "apagão" das memórias...

Creio que não haja  ninguém, neste planeta,  que não se tenha confrontado  com  problemas, de vária ordem , que ao longo da nossa existência  terrena, vão surgindo, desde  o berço, e,  mesmo até após o dia em que o coração deixa de bater de vez.

É  a legalização  documental do nascimento,  a  certidão para isto e para aquilo, o atestado  comprovativo de que se está ainda vivo, o diploma do curso que vai  ser suporte para admissão de lugares bem remuneráveis em direcções de Empresas e outros diversos Organismos, fotos renovadas para os BI`s caducados, a carta de condução,  etc. etc. até que surge  a necessidade, final,   de comprovar  de que o individuo morreu - o  atestado de óbito!...

A minha longa experiência do que já tive  que  passar  para, ao fim da vida, conseguir ainda ter capacidade mental e física  para  poder alinhavar estes blogs,  martelando um teclado do computador, informático,  advém  daquilo  que  quase sempre vem expresso através  do  que vem  registado  e prescrito  em  papelada, e mais papelada-documental.

Mais tarde, damos conta  da montanha de papeis e documentos, que foram indispensáveis,  e que  agora "repousam la nas prateleiras" eternamente !... Como recordação !

Eis  um exemplo:





Foram muitas as  situações  e casos  "ferruginosos" que foram tratadas, e  na maioria  obtive  pleno `êxito.  Reclamações,  de pratica de injustiças, não tinham mãos a medir.  Valeu a pena ter sempre posto "mãos à obra", pois de um modo geral,  sempre saí Vencedor  naquilo em  que me metia.

Agora, sou um Velho, para aqui atirado para um canto  à frente de uma secretária envidraçada,  a escrevinhar factos de um longo passado, a fim de afugentar a solidão motivada por   recente viuvez, que completou  sessenta anos de uma feliz convivência  nupcial.

Dos perto de meio milhar  de documentos, arquivados, há  um, que me emociona, dada a  natureza e a distancia  temporal, dos factos; vou então reproduzir, somente uma parte do teor do documento em causa:

Datado de Novembro de 1972, extraí o seguinte:

"República Portuguesa
UNIVERSIDADE DE LUANDA. 
Gabinete Psicotécnico

Nessa data, requeri um exame sobre  o traumatismo causado a um estudante (meu filho) por professores "desatentos", que o deveriam proteger (e não agredir). O "drama" escolar,  que  amedrontava o estudante, meu filho,  de tenra idade,  era o "terror" das provas, ultrapassado  posteriormente.

E o texto que muito apreciei, inserido no dito  documento, subscrito pela Direcção do Gabinete Psicotécnico, da Universidade de Luanda - Província de Angola, tem a seguinte redacção:

...Se nos é permitido um elogio, ele vai para os pais, que excluíram (inteligentemente) a punição física. De resto, pelo teste de CORMAN, verifica-se que o ambiente familiar é bom".


Alguma documentação fotocopiada, remonta já, aproximadamente, a 1940.

Tá?!...

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