O recente convívio dos ex- Funcionários do Banco Totta Standard de Angola trouxe-me à memória momentos que parecem, agora, distantes. Momentos bons, outros nem por isso, mas no global os primeiros suplantam os últimos.
A verdade é que na vida tudo carece de relativização. Um cabelo na cabeça é pouco mas na sopa é muito... Olho para o arquivo pessoal que conservo e contemplo o passado de idoneidade, seriedade e trabalho em relação ao qual a recompensa parece despropocionada por insignificante.
Fruto das convulsões próprias da descolonização, acabei deportado para a Metrópole e, mais tarde, agraciado com uma reforma que mais baixa não podia ser. Dá que pensar, imaginar se tudo valeu a pena.
Entretanto ouço na TV o presidente do Benfica dizer que o treinador merece os mais de quatro milhões de Euros que aufere anualmente. Não contesto. Provavelmente o Senhor nem ganha muito, serão todos os outros que ganham pouco...
Mas depois acontece o impensável. O reavivar da amizade, o reviver de momentos que pareciam perdidos no passado cada vez mais distante, o rever quem não via há muito. Tudo isto, assente num respeito e consideração que só uma conduta irrepreensivel permite, faz olvidar toda a injustiça e adormece, por momentos, o guerreiro implacável que, amiúdo, se insurge contra as crueldades da vida.
Obrigado a Todos. Para o ano lá estaremos todos juntos, Deus e o Homem assim o desejem.
Tá?!...
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