quinta-feira, 7 de maio de 2015

Recordando os VERDADEIROS Heróis...

Não constitui publicidade gratuita, mas, hoje, quinta-feira, dia 7, logo pela manhã cedo, desloquei-me à papelaria que está perto da minha residência, Olhão,  e comprei o 2º volume da  "A Luta pela Libertação-Descolonização", que o jornal "Correio da Manhã" disponibiliza   cada semana, do mês.... E que vou começar a ler...




















"Andar rapidamente e em força ...  para Angola. A 13 de abril de 1961 Salazar assumia a pasta da Defesa  e mobilizava o país para a Guerra Colonial,  transformando-a numa realidade incontornável" (SIC))

..."Foram 13 longos anos de luta. Longos e duros, não só para os militares portugueses como para os guerrilheiros africanos...!" (SIC ).

A foice do tempo não apagou (nem apaga) o  panorama, cruel,  que se viveu, sobretudo em Angola que resultou,  na  ironia das ironia,  por ser a guerra a grande responsável pela queda do Império, cujo objectivo inicial, no tempo de Salazar, SERIA manter a "totalidade Portuguesa", sobretudo na  Província Ultramarina de ... ANGOLA !.

Eis alguns quadros que a memória não  permite que venham  a ser esquecidos...





























Angola...






Pois é,  decorridos  quase cinquenta anos folheio as páginas de história onde me vejo incluído por força das circunstâncias. Com frequência  me revejo nas histórias e historietas daquele período. Tive a sorte de passar relativamente ileso por aquele período conturbado da história de Portugal e do Mundo,  fruto, gosto de assim pensar,  de uma postura  honesta e honrada,  procurando ajudar aqueles com quem me calhava em sorte partilhar  momentos de uma existência comum. Provavelmente,  e agora percebo,  terei passado por momentos de grande perigo,  os quais,  dada a minha ingenuidade,  me passavam completamente ao lado. Recordo, por exemplo,  aquele episódio (já aqui relatado) em que o avião em que seguia de Luanda para Lisboa,  foi dada ordem de retorno a Luanda,  tendo posteriormente chegado à conclusão de que o motivo para tal ordem era a minha presença a bordo.  A razão para tal nunca cheguei verdadeiramente a conhecer. Tenho a consciência tranquila pelo o que não posso sequer imaginar a razão da ordem de regresso transmitida ao comandante da aeronave,  a qual não foi, felizmente, atendida.



Assim,  aqui me encontro a desfrutar dos meus quase noventa anos,  pacificamente observando a realidade que me cerca,  enquanto outros,  infelizmente,  já não me acompanham,  como é o caso especial da minha amada Esposa, Alvarina Teresa. E isto só é possível graças ao sacrifício de muitos que,  naquele tempo,  deram tudo,  até a vida, para que outros pudessem prosseguir com o seu viver...



A esses,  a minha homenagem e o mais sincero dos agradecimentos.  São frequentemente os Heróis Anónimos que escrevem as páginas da história, ainda que o seu nome seja, injustamente,  omitido. São esses os verdadeiros Heróis e não aqueles que,  qual emplastro, aparecem à frente das câmaras depois de,  nos maus momentos,  terem permanecido escondidos que nem ratos,  num exílio dourado,  em que cometeram,  inclusive,  crimes lesa Pátria,  pisando e desprezando publicamente o símbolo máximo da Nação,  a sua Bandeira...

Tá?!...

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