terça-feira, 25 de junho de 2013

"...a ferida só dói a quem a tem !...

Nesta deslumbrante via "bloguista", que, fruto do desenvolvimento na área informática, a Internet põe à disposição dos "crentes" que, através dela, se comunicam e saúdam reciprocamente, sou um dos que dela se utiliza para... enfim... não ser mais  uma vitima  da separação dolorosa, e causticante,  que uma recente  viuvez  infligiu a quem, durante sessenta anos, teve como Companheira a saudosa  Esposa, que foi chamada à presença Divina.

Um trecho que inseri num dos meus recentes blogues, nomeadamente  nestes termos: "A caminho do Cemitério, esta manhã, apoiado na minha "muleta", para visitar a que foi  minha saudosa Companheira, durante sessenta anos, a querida Esposa, Alvarina Teresa... Frente a frente com a sua imagem colocada no "paredão", onde eternamente descansa, seus olhos fitaram-me, com ternura e, em pensamento, retribuí-lhe o doce e terno "beijinho" com que me "saudara", à minha chegada...".

De entre as vinte e duas mil visualizações que foram  já despertadas, ao longo dos tempos, por  estimados Leitore(a)s, foi-me endereçado um Comentário, acerca do que  transcrevi acima, por uma Querida Leitora, que me fez vir algumas lágrimas aos olhos.

Dizia essa "Queridissima" Leitora, que sentira, na sua alma, de Mãe, e compreendera o que se passara comigo, quando, à frente do "Gavetão" que ACOLHE o corpo da  minha saudosa Mulher, mentalmente lhe dirigira  um afeiçoado e amoroso beijinho.

Soam tão bem estas palavras, ditas por quem compreende a dor que  assalta os nossos corações, e  confortam. em certa medida, afugentado o silencio doloroso que a solidão nos caustica.
  

Na placa fúnebre, está inscrito "DESCANSA EM PAZ", e eu  desejo que Nossa Senhora lhe dê a PAZ ETERNA, pois a saudade é eterna, duradoura, tal pirâmides do Egipto.

2 comentários:

  1. Senhor Armando: Fiquei muito comovida com as suas palavras. Conheci-o através do meu filho, que fala de si,com grande admiração. Venho aqui algumas vezes, e gosto do que leio. Já tenho 68 anos, um casamento de 47 anos, feliz. Tenho três filhos e dois netos, já crescidos. Acho que a idade, nos dá uma sensibilidade maior, para a dor dos outros. A morte de alguém querido, é a coisa que mais me dói.Perdi minha mãe há 41 anos e, ainda hoje, quando vou ao cemitério onde está, as lágrimas sobem aos olhos. Abro o pequeno gaveto, onde estão os seus ossos, pego na pequena urna, aperto-a ao peito e embalo-a, como ela me embalou a mim. Limpo a sua ultima casinha, sacudo ou mudo a colcha que cobre a urna, beijo esta, como se fosse a minha mãe. Vou falando com ela, contando a minha vida, ponho as flores e venho embora dizendo. " até um dia destes mãe. Ajuda-me a mim e aos meus". A dor não passa com o tempo. As saudades são muitas. Por isso o entendi e fiquei comovida, com esse amor lindo, que continua, depois da morte. Acho que já me alonguei muito. Só quero dizer-lhe, que eu o entendo bem. Espero que continue a lutar, a trabalhar, nas coisas que gosta. Era isso que a sua Esposa quereria. Vou continuar a lê-lo e, sempre que ache oportuno comentarei. Deixe que lhe envie um abraço amigo e lhe agradeça as suas palavras. Até um dia destes. Desejo-lhe saúde e força para os seus trabalhos. Maria Águeda Costa.

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  2. " Os olhos fitaram-me com ternura..."
    Um Lindo Amor que eu tive a oportunidade de testemunhar.
    Um beijo querido.
    Flor de Alvarado

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