quarta-feira, 26 de junho de 2013

Abalos emocionantes...



Já perto da meia-noite, uma estação de rádio, emitindo sons musicais, a certa altura anuncia que os ouvintes iriam ser deliciados com uma música, que estava a ser preparada e seria transmitida dentro de momentos.

Face a esta chamada de atenção, despertou-me  curiosidade em ouvir tal som musical, que acabava  de ser anunciado; tratava-se da emissão de um disco, em que fora gravado um fado cantado por Carlos do Carmo.


Com efeito, a música era excelente, e, então  interpretada por tal famoso Cantor, foi um êxito, cujas letras eram iniciadas com o seguinte verso:


"Se deixaste de ser minha
    Não deixei de ser quem era
   Por morrer uma andorinha
  Não acaba a primavera."-

Bonito, sim senhor!

Mas, o reverso da medalha, também assenta numa inversa  perspectiva (sem sentido derrotista).

Para quem acabava de ter perdido, por falecimento, o que mais precioso tinha na vida, a saudosa Esposa, a versão, então, assentaria numa versão dentro do seguinte pensamento e alma:

...Deixaste de ser minha, (por falecimento, partiste da Terra a caminho do  Céu )
Deixei de ser quem era.
Por ter morrido a andorinha
Acabou-se-me  a Primavera...


Não se pretende estabelecer nem critica derrotista, nem enfático deslumbramento. É por isso o recalcamento que assenta nesta vertente mórbida: «...  a dor, altera tudo na vida, quando a ferida  atinge o palpitante coração! Destruindo-o!...»      

Tá?!...     

1 comentário:

  1. Senhor Armando: Toda a medalha tem reverso. O seu coração está partido, mas não destruído. Ainda bate, triste, solitário, mas bate. Faz trabalhos válidos. Tenta e consegue viver. Nada substitui um grande amor. Mas pense que onde quer que ela esteja, sente o mesmo.
    Se lhe sabe bem falar dela, faça-o. Eu estarei aqui, para o ler e entender.
    Com um abraço amigo da Maria.

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