quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Quem nos avisa nosso Amigo é...

17 de Dezembro de 2009.  Um sismo de magnitude de 6.0,  a uma profundidade de 30 quilómetros é registado pela rede de sismógrafos de Portugal. Dada a distância da costa algarvia (cerca de 100 quilómetros) e a profundidade  os estragos foram poucos ou nenhuns e,  tirando o  susto  pelos longos oito segundos que durou o abalo,  não houve quaisquer vítimas.

Parece o argumento de um filme sobre catástrofes mas  o descrito acima ocorreu efectivamente,  conforme notícia publicada no jornal "Diário de Notícias" do dia seguinte. É só um aviso. Não querendo ser um profeta da desgraça,  a questão não é se vai ou não ocorrer um sismo,  mas sim quando. Portugal encontra-se numa região de elevada actividade sísmica,  com diversas  falhas activas,  pelo  que a ocorrência de um sismo de magnitude assinalável é apenas  uma questão de tempo,  sendo que não é possível  prever quando.

Segundo um especialista contactado nesta altura, "...Não houve motivo para preocupação porque o epicentro foi a 100 quilómetros da costa", explica o geofísico Luís Matias, do Instituto de Meteorologia (IM). Mas há muitas falhas mais próximas da costa portuguesa e até no território continental capazes de causar aquele tipo de destruição, como a do Vale do Tejo, responsável pelo terremoto de 1909. Aliás, um estudo de 2007 da Autoridade Nacional de Protecção Civil estima que um sismo de 6,6 com origem na região causaria cerca de 10 mil mortos e 273 mil desalojados na Grande Lisboa...". Uma desgraça, portanto.


A  Natureza é Senhora e Dona do nosso Destino. Por enquanto pouco ou nada podemos fazer para obviar aos seus caprichos. Uma chuva intensa, uma seca prolongada, um sismo devastador, são todos fenómenos a que podemos apenas assistir impotentes.  No caso concreto de um sismo,  a energia libertada é tão grande que não há forma de a conter. São estruturas construídas pelo Homem  ou naturais que colapsam,  ondas gigantes (tsunamis) que varrem tudo à sua passagem,  é a devastação que impede, depois, o socorro aos sobreviventes. A arma é a prevenção. O pior é que em Portugal a prevenção a esse nível é escassa, ignorando o perigo latente. A construção de edifícios com preocupações anti sísmicas é altamente deficiente. A catástrofe, QUANDO OCORRER,  será  por nossa culpa. A Mãe Natureza,  essa,  apenas faz o seu papel. É a velha história de só rezar a Santa Bárbara quando  se ouvem trovões e de que as desgraças só acontecem aos outros. Espero que esteja  errado...

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