segunda-feira, 8 de julho de 2013

"Ó tempo volta para trás..."


" Ó tempo volta para trás, traz-me tudo o que eu perdi..."


Canção que Tony de Matos fez furor , numa época em que o " menino" aqui exposto, para além de ter constituído  uma  cativante  Família,  era um dirigente laborioso, que,  aos seus ombros, chegou a ter  grandes responsabilidades em conduzir, em conjunto com outros Colegas,  Empresas de elevada grandeza, comercial e Organizações  bancárias, em Angola, em que  lhe reconheceram  o mérito de ter exercido sempre, funções, com elevada  competência e dignidade profissional,  cujo mérito consta  na  documentação arquivada na prateleria da humilde estante, junto à secretária onde está sendo  executado este blog..

Não me move qualquer sentido vaidosita ,  com esta   "lenga-lenga" toda, mas, uma tranquilidade de espírito  invade-me  por me sentir livre e isento de quem  possa  ter  razão  para me atirar  a primeira   pedra...por praticas maldosas, de minha parte,  que tenham  atingido  alguém, dentro da nossa esfera terrestre. 

Nessa perspectiva,  não receio vir  aqui  reflectir  um percurso da minha  vida, que, motivada por sucessivos acontecimentos inerentes ao clima de "instabilidade" criado pela aproximação da data da independência da Terra que me viu nascer.  Nasceu,  nos meus oitenta e vários anos, perto dos noventa, a vontade de  construir um livro, doméstico, em que inscrevi na capa o seguinte:

"VELHO LUANDENSE
  Diário de Bordo de Uma  Revolução, 
  Feitos e feitios de um português de Angola -
  uma vida, uma obra - Armando Baptista e Família"



Este "menino" foi chamado à tropa. Missão cumprida, com ressaltos assustadores, por vezes, pois as noites de luar em que fazia sentinela,  ao acampamento, um grupo de "foliões"  tentava amedrontar-me, apontando canos de armas de caça, aos quais eu respondia com intenso tiroteio, que os punha em fuga...

Como exemplar militar sempre  fui,  consideraram-me um  atirador de primeira, pois a experiência  adquirida nos tempos das caçadas aos animais selvagens,   nos matos de Angola,  foi o que  causou  tal  classificação, e mérito nas  actividades militarizadas.

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Com a Familia, que sempre amou,   cuja perda da mais "Querida",- a saudosa Esposa-, teve o seu epilogo, muito recentemente, em tempos idos,  dedicava-se  à pesca desportiva, tendo, na foz do Rio Cuanza, Angola,  pescado um exemplar que, depois de pesado,  o pêndulo da balança atingira os  setenta quilos...

Nos tempos em que, em período de merecidas férias, geralmente na época do " cacimbo", em Angola, e na Europa, o Verão,  como ponto de partida,  era de Lisboa  (tempo quente) que partíamos de visita a Amigos ( por via aérea) residentes no Brasil ( Rio de Janeiro,/S, Paulo), Estados Unidos da América (Nova York e  Wasghinton), e na Europa (Londres, Paris, Espanha, bem como outras localidades de passagem.

Claro que, era  de Angola,  que nos deslocávamos directamente rumo  a Moçambique, Rodésia,  Africa do Sul..- (por via aérea)-..

Evidentemente que a ilha  de S. Tomé e Príncipe, Açores, Madeira, não fugiam à regra,  não esquecendo as.. Berlengas.!...

Uma curiosidade:-  Nas  nossas deslocações em Portugal,  tínhamos sempre alguém na Família , ou Amigos, que  nos "acoitavam " , mas.. algo , fora de  entretenimento, se passara, particularmente  comigo, neste encantador Portugal, como adiante explico:-.

"Vassourados"  os "maus ventos" que nos batera à porta, nos tempos das "descolonizações", um certo dia, mercê de um anuncio que publicara num  jornal nortenho, recebo um telefonema para me deslocar a  Santo Tirso-( Norte do País)  nas instalações da VERCOOP - União das Adegas da Região dos Vinhos Verdes, afim de ocupar  a oferta de um lugar de contabilista, naquela Unidade Vinícola.

Celebrado o acordo , de  admissão, iniciei a actividade  para a qual fora contratado, e, diariamente la me deslocava do  Porto para a  dita cidade.  O que não  contava era que, a partir daí, comecei a ter contactos com diversas adegas,  espalhadas  por todo o Norte de Portugal.  E que maravilhosas surpresas me foram surpreendendo com essas deslocações, e foi, por isso, que tive a  oportunidade de me confrontar com  o que é a  Rica Beleza , o que é Belo  e  Encantador deslumbramento,   "escondidos",  nesse doce cantinho no Norte do País"... As colheitas e provas dos vinhos, então nem se fala - ENCANTAM  !

Agora,  saúdo-vos com um doce  que Filhos e Netinhas  presentearam este octogenário...

Bem hajam ...


Tá?!...






1 comentário:

  1. Um beijo e um forte abraço!
    Orquídea Abreu
    (estaremos juntos brevemente)

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