Por ocasião do 1º de Abril, dia das mentiras, tive oportunidade de produzir uma história, fictícia, obviamente, sobre a criação de um Estado Monárquico Independente na região algarvia. Apanhados desprevenidos, muitos algarvios contactaram o criador deste blog, apreensivos, alguns, expectantes, outros. Como H. G. Wells, com a sua "
Guerra dos Mundos", muitos parecem ter acreditado, esquecendo-se do dia mentiroso.
Reflectindo sobre o assunto, a eventual independência, várias questões se levantam. Primeiro, parecem existir movimentos no sentido de uma real independência do território, facilmente verificado numa
pesquisa na Internet. Existe até um
Movimento de Independência do Algarve.
Se tal se viesse a verificar, quais seriam as consequências ? Sendo o Algarve uma das regiões mais pobres do País, apesar da presença permanente ou sazonal de estrangeiros e nacionais mais ou menos endinheirados, tal independência poderia resultar numa dependência ainda maior de ajudas externas, dada a incapacidade que o Algarve apresenta para cativar turistas fora da época alta.
Em segundo lugar, qual seria a ideologia/regime político adoptado ? Os algarvios, apesar do seu orgulho regionalista, são um povo mais adepto do "deixa andar" do que do "vamos fazer". Deve ser do sol e do calor, persistentes nove meses por ano.
Por último, as dimensões da região e os seus parcos recursos não deixam grande margem de manobra. Petróleo não há, e ouro só o dos anéis. Resta pois o turismo e a agricultura, que nem sempre proporciona os rendimentos adequados. Por isso, pergunto, valeria a pena ?
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