quarta-feira, 23 de abril de 2014

Revolução, procura-se...


Há um ou dois dias tive oportunidade de tomar conhecimento através de difusão televisiva de que 80% dos portugueses estão insatisfeitos com a democracia que sucedeu ao regime deposto por ocasião da revolução de 25 de Abril de 1974,  estando prestes a completarem-se 40 anos.

É verdade que hoje existem outras liberdades que,  então, eram impensáveis. Exemplo disso é o facto de eu estar aqui a escrever estas linhas sem censura,  pelo menos que eu saiba. Por outro lado,  muitas das ditas conquistas de Abril estão  hoje postas em causa,  tal como o acesso a um sistema de saúde condigno, reformas e pensões justas,  educação de qualidade para todos e um salário mínimo adequado. Relativamente a este último ponto,  notícias indicam que o valor real do salário mínimo atinge níveis inferiores aos verificados por ocasião do 25 de Abril de 1974.

Uma referência à descolonização vergonhosa que apenas serviu os interesses de alguns, e que todos sabemos quem foram,  mas destruiu a vida de muitos,  não tendo como consequência  melhor qualidade de vida,  bem pelo contrário,  para as populações das Colónias,  hoje independentes.

Urge repensar Abril. Parece é que a vontade para o fazer, fruto de influências e de interesses de origem sempre obscura e incerta, não é muita, ou mesmo nenhuma...

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