quarta-feira, 30 de abril de 2014

Recordar é viver...


Quando no dia 1 de Maio de 1886 milhares de trabalhadores se manifestaram na cidade de Chicago,  nos Estados Unidos,  manifestação repetida 4 dias depois,  com mortes,  detenções e repressão por parte das autoridades,  deu-se início a uma jornada épica.  Reclamavam a redução do horário de trabalho,  salários mais altos e melhores condições de trabalho,  exigências  estas que parecem hoje ainda fazer sentido. Numa altura em que o desemprego,  o emprego precário e os cortes em salários já de si não muito substanciais,  parece que retrocedemos no tempo.

O  1º de Maio não tem hoje a importância,  como dia do trabalhador, que teve em tempos. Basta lembrar que  no dia 1 de Maio de 1974,  logo a seguir à revolução,  mais de meio milhão de pessoas comemoravam o seu dia,  conhecido como  DIA DO TRABALHO  antes do 25 de  Abril.

Habituados à liberdade,  livres das algemas da ditadura,  esquecemos o direito a reclamar pelos nossos direitos,  pela correcção de medidas injustas e por justiça de qualidade. Falam-se em medidas para despedir de forma mais fácil,  reduções de salários,  numa tentativa de diminuir o desemprego. Expliquem-me a lógica disto como se eu fosse uma criança de quatro anos,  pois eu,  burro,  não consigo entender...

Lembremo-nos pois dos que tombaram há quase 130 anos na luta por direitos que, ainda hoje,  parecem colocados em causa,  cada vez mais. Celebremos o 1º de MAIO de forma consciente. Não nos deixemos cair na tentação do desânimo e do deixa andar...

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