segunda-feira, 13 de julho de 2015

Conceitos diferentes quanto à dor...

Hoje, dia 13 de Julho de 2015, pela manhã, ao ligar o computador, fiquei um pouco mais aliviado  face   ao  "assustado"  encaminhamento que, ontem,  perto da meia noite, ainda   nos perseguia, relativamente ao  desenvolvimento  que as coisas estavam a tomar,    quanto   ao caso da Grécia.
Pelos vistos, começou  a haver entendimento quanto ao rumo mais acertado e coerente,   que se  desejava  viesse  a ser acordado.

Pesquisando o rol de "acontecimentos" que pela via dos "facebooks", na Net, são divulgados e vistos  através do écran do computador, entristeceu-me o panorama reflectido na imagem que, seguidamente reproduzo, e da qual se ressalta o desespero amargo que sente Carlos Rodrigues, de 55 anos, na sua vida, por contingências relatadas no próprio artigo publicado no Jornal Correio da Manhã.


Inscrito na própria foto, lê-se "Sou tratado como um  cão".

Só a própria  personagem é que pode exteriorizar a dor e o desespero, que sente, por se sentir ignorado e visto por uns com desdém, e, não raras vezes, acontecer que nem uma alma caridosa se aproxima dele para mitigar a sua solidão, podendo até acontecer morrer mesmo sem que ao lado poucos dariam por isso.

Todavia, estou em certa medida em desacordo, quando afirma ser "tratado como um cão" !

Pode, realmente, ter tido as suas razões válidas para que se sinta um injustiçado, vitima de solidão,  isolamento, e esquecido  de ser ainda uma personagem viva, sobre a Terra. Mas fazer uma alusão de que os cães são mal tratados, não é justo, pois conheço casos e situações em que, num estabelecimento Veterinário, existem animais, incluindo cães, que são tão bem tratados como se fossem seres  humanos normais, como Nós somos.. Eis um exemplo...

Cadelita em tratamento....


Sensibilizado com o que prevejo sentir o sentimento confrangedor, que não adormece, por parte de quem sofre,  em consequência de  percalços decorridos, ao longo da sua vida, sei bem
que a dor só é sentida por quem a tem...


Diz-se que vale mais uma imagem do  que mil palavras. Por isso, e apenas para efeito comparativo,  enquanto a imagem do leito fotografado no primeiro quadro, dá conta de uma cama muito desarrumada, vai já a caminho de cinco anos, que numa  manhã, a meu lado, a Morte ceifou o bom convívio conjugal que permaneceu sempre, após um feliz casamento, celebrado em Luanda, no altar  da  Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com a que mais amei em toda a  minha vida - a Santa e Saudosa  Alvarina Teresa. Neste leito, o nosso conforto nocturno, foi sempre abençoado por Deus; era Ela quem cuidava de alinhar os lençóis, fazer a cama, arrumar a casa, etc. etc....

Após a sua partida para junto de Deus no Céu, todos estes cuidados domésticos, que, universalmente  é as Donas de Casa que lhes compete dar conta, face ao isolamento e solidão que emergiu do dia em que Ela me dissera.."ADEUS ATÉ SEMPRE" passaram, a ser da competência do recente viúvo (Eu-Armando), porque Filhos e Netinhas residiam a muitos quilómetros de distância habitacional.

Há portanto, um tipo  de distanciamento, por razões que a própria Natureza nos impõe, pelos quais  se diferenciam os ajuizamentos que renascem em certas circunstâncias, relativamente ao tratamento a animais, que, não raras vezes, são a única companhia com quem passamos a lidar, após o dramático silenciar das vozes que deixamos de ouvir para todo o sempre - a suave e bela companhia da  estimada e saudosa Esposa...

 O doce  leito do casal....


O casalinho,  há anos atrás...
Armando José - ( viúvo)

Alvarina Teresa- Repousa lá no Céu Eternamente...
Tá?!...

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