quarta-feira, 29 de julho de 2015

Tempestades... não assustadoras !

Hoje, ao acordar,  até me  enervei... Isto porque  acabei de sair de um pesadelo, em que sonhava estar à beira de um precipício, no qual me sentia estar pendurado   no topo de uma das asas de um avião da TAP, a caminho de Moçambique, mais propriamente para a cidade de Lourenço Marques. E isto porquê ?

Porque, ao adormecer, estive a reler uma revista que fora apreendida  pela PIDE, em Luanda,  numa altura em que chefiava o gabinete contabilístico  da Empresa Pfizer, em Luanda,  em  que numa das suas páginas interiores,  vinha a minha fotografia acompanhada por um relato de uma pescaria, em que fora protagonista , num dia em  cheguei a pescar um pargo com 70 quilos, no  extenso  caudal do Rio Cuanza,  a sessenta quilómetros de Luanda.  Era ainda no tempo em que havia Censura  a todas as revistas  que viessem  do Estrangeiro, (muito antes da independência de Angola).


Nessa época, viajava  com muita regularidade, de avião,    entre as  cidades de Lourenço Marques (Moçambique), Johannesburg ( África do Sul )  e pela capital da Rodésia, pois , como tinha a função de chefiar  a secção contabilística, sediada em  Luanda, para efeitos de reuniões congressistas, tinha que tomar lugar em aviões, que ainda eram movidos a hélice e não a jactos, afim de  estar presente nas referidas reuniões internacionais.







 Tempos que já lá vão...

 Eis a razão porque, as vezes,  sinto-me enervado  quando acordo, e nem me passa pelos miolos, momentaneamente,  que já são decorridos longos e longos anos, em que me metia em  avalanches de trabalho laboral,   em que a minha resistência física e mental , não encontravam  limites, e, agora, aos 90 anos, basta um pequeno ruído de asas provocadas por um simples mosquito, enquanto durmo na cama,   para me acordar e provocar uma tempestade num simples copo de água.

Tá?!...


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