segunda-feira, 27 de julho de 2015

Geração perdida ?...

Já por várias vezes exprimi o sentimento de solidão que me atinge. Assim,  é sempre uma  enorme alegria a visita de Familiares e Amigos,  transportadores de notícias  e alegria,  por vezes também tristeza. Mas enfim,  é sempre bom conversar,  até como forma de partilha de ideias e opiniões.

De quando em vez recebo,  até com o  objectivo  de me apoiar nas minhas desventuras bloguistas e facebookianas,  o meu Amigo Luís Ribeiro. Sinto que para ele é também importante conversar e "deitar cá para fora" certas coisas que lhe ficam atravessadas na garganta,  agora mais seca  pelo calor do verão. É frequente dar-me conta das amarguras que vive, fruto da sua actividade como professor explicador.

Hoje veio  especialmente  amargurado. Confessou-se triste com a falta de interesse dos miúdos,  adolescentes  entre os doze e os dezasseis anos,  em  quererem saber mais,  evoluir,  crescer. Disse-me que o aflige especialmente a rapidez com que,  o pouco que os alunos vão sabendo, rapidamente se desvanece. Este meu Amigo,  um aficionado das tecnologias, culpa estas últimas pela assustadora incapacidade e falta de vontade em memorizar conceitos simples e verdadeiramente importantes para a vida futura. Contou-me hoje a história de uma menina de catorze anos,  a qual vai este próximo ano lectivo frequentar o oitavo ano,  e que se lamentava de não se lembrar o que raio era um cubo. Ao pedir  que desenhasse o referido sólido geométrico,  o Professor foi presenteado com a figura plana de um rectângulo. Diz este meu Amigo que esta geração decidiu que não é necessário memorizar nada,  uma vez que toda a informação está disponível na Internet,  à distância de um simples clic.

O problema,  completa ainda a sua ideia,  é que não sabem as criancinhas distinguir a boa da má informação. É a geração do "cópia e cola". E se um dia a Internet der o berro,  voltamos todos à idade da pedra,  pois nem contas nem formas conseguem discernir,  recorrendo apenas a essa coisa antiquada à qual,  alguém um dia chamou   CÉREBRO...

Tá?!...

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