segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Miraculoso...

As coisas em Angola, na altura, não andavam, já, lá muito tranquilizantes, mas  houve um curto espaço de tempo em que ainda  houve um ligeiro "crepúsculo"  esperançoso de que as coisas iriam melhorar, o que, infelizmente, não sucedeu.

Viveu-se, na realidade,  à custa da intervenção rápida militar, ordenada por Salazar, no célebre discurso  "Para Angola e em Força",  quer se acredite ou não, um curto clima de "confiança" e esperança no futuro, que acreditámos, que resultou começarmos a andar, de novo, tranquilamente pelas ruas e darmos corpo a todas as actividades laborais, fabris, estudantis e a tudo quanto fosse criar  um bom ambiente de segurança pessoal.

Mas, outros ventos "venenosos" e gananciosos,  começaram, mais tarde, a surgir, de vários quadrantes,  incluído o nefasto poder, por parte  de alguns "apátridas", que  conseguiram desmantelar o bom clima que começara a surgir na "província ultramarina" de Angola.

Deu-se o "caos", como toda a gente se deve  lembrar. E a partir daí era o "salve-se quem puder."

Chegou a haver tiros, mortes e... felizmente, um grande número de habitantes, ainda  conseguia recorrer  aos meios que lhes era disponível, para poderem salvar as suas vidas e os seus pertences.

No meio  deste "turbilhão", a ser forçado a abandonar a terra onde nasci,  por razões várias, sobretudo de saúde , que se agravava de dia para dia, recolhiam-se, à partida, os artigos e objectos que  mais interessassem, e ... vamos à vida !

Muitos anos decorreram,  muita coisa se passou, muitos " trambolhões" foram dados,  tudo consequência  de vicissitudes ligadas  ao processo da descolonização...

Inesperadamente, no meio de um conjunto de livros, de reduzida dimensão, que consegui salvar, aquando da partida,  esquecidos e à guarda de um Familiar, acabo de descobrir, agora, passados tantos anos, que uma das "relíquias" que conseguira  que sobrevivesse, milagrosamente, à tormentosa despedida, é esta divina imagem:



   Nossa Senhora do Rosário de Fátima
                                 

Tá?!...

Sem comentários:

Enviar um comentário