terça-feira, 2 de dezembro de 2014

As penas fumegantes...

Estas penas, abaixo, foram apanhadas, por mim, do chão, uma a uma, em dias diferentes, e  recolhidas num cantinho da minha  modesta sala de estar, aguardando a vez de serem utilizadas num trabalho bloguista, que, por acaso,  estou neste preciso momento a elaborar.  Foram colhidas  à medida em que  dava o  habitual passeio matinal, a meu cãosito chamado "Pelinha". Todas elas espezinhadas, tanto à beira de esgotos como à superfície de terrenos onde floriam lindas pétalas de rosas,  e que passavam completamente ignoradas e despercebidas por  parte dos seres humanos que iam caminhando para os seus locais de trabalho ou que, nos seus carrinhos de bebé, iam conduzindo os seus filhotes para uma estância acolhedora de crianças, temporariamente, como seja o núcleo de Olhão, infantil, da Cruz Vermelha Portuguesa.

E com que intenção  é que presidía ao meu frágil espírito, que aborda já os noventa anos  de idasde,  a recolha das tais penas de aves,  que isoladas e indiferentes a toda a gente, iam apodrecendo  através dos tempos? Simplesmente este raciocinio, talvez caduco, mercè da idade, que bailava no meu cérebro....  teriam estas penas pertencido a aves lindas que agora, ao longo dos seus encantadores voos, destruídos  pelo tempo,  nem um ninho confortáve, terão à sua disposição ? Ou teriam já morrido e atirados para  um  caixote do lixo ?

Por analogia,  e assumido  aos meus pensamentos instantâneos, enquanto ia "explorando" pela Internet, muita leitura acêrca dos acontecimentos que diariamente vêm a ser relatados quanto à situação política e economica  que atravessa presentemente  o nosso País, com a participação dos dignos  Senhores Deputados, na acção governativa, pelo o que li, associei, mentalmente, uma imagem, em consonância resultante dessa atenta leitura,  que me despertou grande atenção, e que , pelo o que li, também existem, ainda, "penas", activas, em corpos que vão "sobrevoando" sobre   intempéries, que se mantinham num  silêncio inimaginário, que acaba de ser quebrado, que faz lembrar  o que certa figura, reconhecida internacionalmente,  ditou para o Mundo: ..."o que eu temo e preocupa  é o silêncio dos Bons..."

E, nesta perspectiva, pode-se associar a leitura destes trabalhos publicados na Internet, fotografados, a destemidos que acabam de quebrar o seu silêncio com estas publicações...












 Tá?!...



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