sábado, 27 de dezembro de 2014

Carta aberta (ou blog- aberto) à venerável Leitora GABY KNAUF- Joannesburg-(South Africa))...

Querida Gaby,

Em meu nome, e, divinalmente, no de minha saudosa Mulher, que, do Céu, onde repousa em Paz,  e que  tambem aprecia  os teus recados, vimos  dar acolhimento ao teu sentimento de amizade que nutres por Nós, pois dizes manter  uma lembrança dos tempos em que, na minha casa em Luanda, foste recebida com todo o prazer, por mim e pela a minha querida Esposa, que, após sessenta anos de um feliz casamento, nos separámo, nesse dia em que me deu o seu último beijinho, e depois conduzida para junto de Deus,  num cantinho do Céu.

Dizes, teres-me reconhecido, através de fotos, mesmo vivendo lá tão longe (África do Sul),  e adiantaste que te lembras do que  passavas nos tempos em que  eu era teu Chefe (contabilista no Banco Totta-Standard de Angola)  e que me temias e me respeitavas por eu andar sempre com uma cara muito severa e de poucos  amigos.... Pois sempre fui muito exigente para com os meus subordinados em matéria de trabalho... mas sempre muito Amigo de Todos !...

Calou-me bem fundo do meu coração um comentário que me endereçaste, no qual expressaste a tua boa-vontade em me livrar de "pesadelos" que um eventual sismo me pudesse causar. Desse comentário, reproduzo foto-montagem que se segue...

Este, a seguir, é o tal "pelotas" que dizes querer que o leve tambem na hipótese de aceitar o teu tão amável convite:


Como sabes, o motivo que nos levou a todos  a ser apadrinhados como "Retornados do Ultramar", foi o forçado "exílio", consequente  da "exemplar descolonização", imposta por certos "apátridas", que ainda por aí vagueiam  nas lides "super-visionais" e sem decoro !...

Como já é do teu conhecimento, enviuvei  há quatro anos atrás, e se ainda me mantenho vivo, devo às prestimosas Netinhas (e Filhos igualmente) os estremosos cuidaddos que me teem dispensado, tanto em matéria de saúde (já são perto de 90 anos...) bem como na alimentação diária, pois, todos os dias aprecio a velha canjinha que me vêm a casa cozinhar. Só o que me custa ainda, nesta solidão, é ter que fazer a cama onde adormeço a pensar  no saudoso ambiente Familiar de outrora.

Quanto ao convite  de  ir viver, no futuro, junto da Vossa venerável companhia,  aí na África do Sul, onde ja passei uma temporada, no passado,  a escolha permanece na presente actualidade... Quero ir para a cova  não longe da que foi sempre o  meu maior orgulho de acompanhamento--- A Fiel  Esposa, Alvarina Teresa,  que, numa manhã,  em Olhão, a meu lado,   me deixara esta mensagem... "Até Sempre... "...

Armando José,

Olhão, 27de Dezembro de 2014.

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