segunda-feira, 16 de março de 2015

Apenas uma miragem ?

Depois de um fim de semana em Família,  em virtude do aniversário de uma Nétinha,  começa mais uma semana. Um início que pode-se considerar tumultuoso quando me vi surpreendido  por uma notícia estrondosa:   SÓCRATES FUGIU DA PRISÃO ! Nem queria acreditar e pensei que os  meus olhos,  cansados de quase nove décadas de vida me estavam  a  pregar uma  partida. Mas lá estava o título bem explícito. Comecei logo a imaginar uma espectacular fuga,  como nos filmes americanos,  envolvendo  helicópteros,  tanques de guerra e soldados especialmente treinados para o efeito. Só descansei quando,  numa análise mais atenta,  verifiquei que tudo não passava de uma brincadeira.


De facto tudo não passou de uma simples  brincadeira,  um primeiro de Abril  antecipado. Mas   na verdade,  já  nada me surpreende neste País,  onde o que parece impossível teima em acontecer. É o primeiro ministro que desconhece a obrigatoriedade de contribuição para o sistema de segurança social,  são os banqueiros que gerem de forma danosa e intencional os seus Bancos,  é o chefe das finanças com contas secretas na Suiça,  tudo acontece sem que daí surjam consequências. Assim,  não seria difícil conceber uma fuga de um ex político da prisão onde está encarcerado.

E assim começa mais uma semana. O sol lá fora brilha,  o calorzinho já se começa a sentir, como que anunciando a chegada da Primavera,  como acontece todos os anos,  alheia,  a Mãe Natureza,  a todas estas trafulhices que são próprias do ser humano,  ganancioso,  mentiroso que parece ser. Um Amigo recitou-me há dias um pequeno poema que me deixou a pensar. Rezava assim:

Está na sua Natureza
Ser um Ser enganador
Predador e sua presa
Numa silenciosa dor

Uivam os lobos de morte
Ignora a ovelha sua sorte
Enganada com tanta riqueza
Será uma fácil  presa

O Homem esse malvado
Que os seus semelhantes engana
É este o triste fado 
De uma alma sem chama


Pois  é assim a Natureza do Homem. Eu, por mim, quanto mais conheço os Homens mais me encanta a nobreza de uma inocente Natureza, quando escolho deliciar-me com um belo passeio, acompanhado pelo fiel Pelinha. Esse não tem malícia, só quer comida e descanso, e assim procuro esquecer  tanta falsidade que, se deixarmos, nos atormente de forma a que podemos deixar de acreditar que há pessoas boas.E nisso, na bondade, eu quero continuar a acreditar...

Tá?!...

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