sábado, 28 de março de 2015

Esgrimir com a honestidade...




Têm sido agitados estes últimos dias,  fruto do envolvimento pessoal na vertente política,  consubstanciada na filiação no Partido Democrático Republicano, liderado pelo actual deputado europeu e ex-bastonário da Ordem dos Advogados,  Doutor Marinho e Pinto.  Cativado pelo seu discurso de protesto contra o Estado da Nação,  denúncia  da corrupção e de problemas que a todos afectam,  incentivado pela postura frontal e honesta,  decidi pôr mãos à obra e tornar-me membro tão activo quanto possível deste movimento político. Parece-me que é de sublinhar  a presença de um homem com as características de honestidade e honradez como  é o caso deste Senhor,  qualidades que escasseiam cada vez mais no mundo da política em particular mas também no mundo em geral.

A falta de honestidade, combinada com  outros problemas de personalidade e défice de carácter,  agravado frequentemente por condições patológicas do foro intelectual e cognitivo,  tem a mais das vezes consequências graves e eventualmente trágicas. A falta de seriedade e a hipocrisia de políticos e autoridades competentes (Banco de Portugal),  que reafirmaram por diversas vezes a solidez do Banco Espírito Santo,  quando seguramente sabiam que tal não era verdade,  comprovado pela falência do Grupo poucos dias depois de terem proferido declarações públicas em que avalizavam a liquidez e solidez daquela Instituição Bancária,  veio  colocar em grandes dificuldades centenas ou mesmo milhares de clientes investidores,  os quais,  acreditando nas palavras vazias que iam ouvindo, viram esfumar-se as poupanças de uma vida,  em muitos casos o garante de uma reforma tranquila.

A falta de honestidade de uma única pessoa,  a qual, escondeu de forma consciente, o seu estado clínico de profunda depressão,  agravado pela incompetência ou simplesmente falta de cuidado e de visão quanto às possíveis consequências (falo de médicos ou psicólogos que acompanhavam o caso),  conduziu à morte cento e cinquenta pessoas  inocentes que viram em pânico a sua vida destruída e os sonhos perderem-se num fatidico mergulho contra as montanhas alpinas.

A falta de honestidade leva inevitavelmente à perda de valores de uma sociedade em desespero que acredita em quem,  na verdade, mente com todos os dentes que tem.  Fartas, também as vítimas acabam por se deixar levar por uma avalanche  de hipocrisia,  o que condiciona comportamentos e conduz à morte de uma civilização.

É tempo  de reagir,  lutar contra a desonestidade,  antes que seja tarde demais. Vamos acordar e fazer o que tem que ser feito,  não ficando apenas a olhar e a assistir passivamente ao esfarelar dos valores que devem nortear a marcha de uma sociedade saudável, pois só assim seremos mais do que nada.

É tempo de viver vivamente. É tempo de uma revolução de mentalidades e comportamentos,  uma revolução sem armas em que os mortos serão apenas aqueles que teimarem seguir o camiho da maldade,  da falsidade e de uma ganância destruidoras...

Tá?!...

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