quarta-feira, 7 de março de 2012

Jornalismo...

Naquele tempo, o trocadilho dos noticiários jornalísticos, era uma constante, atendendo ao clima de "guerra"  que se sentia  aproximar-.se em território Angolano e a ansiedade  que se apoderava das  populações pela incerteza do que viria a suceder  perante os resultados, que nas assembleias da ONU se discutiam , quanto   ao futuro das Colónias portuguesas..

Certa manhã,  em conversa com um vizinho, jornalista, João Fernandes, ligado a redacção do "Jornal do Congo", que se publicava no norte de Angola, Uige, trocávamos comentários sobre o que se vinha passando naquela  área do Pais, acentuadamente quanto às vitimas dos massacres que as dizimavam, e que  nas Assembleias da ONU, era-lhes indiferente os  processos utilizados pelos " assassinos", que  nem  as crianças eram poupadas, como se soube mais tarde.

Esse meu vizinho, com alguma reserva, que se respeita- conta-me o seguinte:
-Sabe o vizinho qual foi  a razão que  levou  Salazar a tomar a medida  de anunciar uma decisão surpreendente? Pois, passou-se o seguinte : Tomei a iniciativa de, por meios invulgares, de enviar  directamente ao  Dr. Salazar, uma via do "Jornal do Congo", no qual em primeira página e em letras expressivas, lia-se o seguinte: ESTE NÚMERO NÃO FOI VISADO PELA  CENSURA. Respondendo  à pergunta do Ditador, disseram-lhe... porque os censores foram massacrados e mortos...
       Pois, de imediato, Salazar, tomou a medida de proclamar o  célebre  ... P´RA ANGOLA E  IMEDIATAMENTE .E EM FORÇA ...


(ressalva-se qualquer imprecisão relativamente ao que possa   efectivamente  ter acontecido, pois este conto  baseia-se numa  simples troca de palavras, então pronunciada, há já longos anos, entre vizinhos e amigos).




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