JADYCE, foi o nome com que ficou uma cadelinha, que, em Luanda, nos bateu à porta, esfomeada, e, pela forma como se alinhou aos nossos pés, ficámos com a impressão de que tinha sido ou abandonada ou perdida de quaisquer donos, que, pela aparência, a tratavam bem... O acolhimento de nossa parte, foi imediato, a par de avisos que publicámos na imprensa local, sobre o seu paradeiro.
Vivíamos, nessa altura, uma época de constantes sobressaltos, devido à situação beligerante que resultava dos confrontos entre os militantes dos três partidos, que se debatiam pela independência de Angola.
Devido ao agravamento, sobretudo, em matéria de segurança pessoal e de estados de saúde, como se sabe, houve que se utilizar meios que transportassem as pessoas, principalmente, por via aérea, com destino a Metrópole. No turbilhão, talvez por interferência de alguém ligado ao meio aéreo, a Jadyce, certo dia, foi encontrada, já esfomeada e debilitada num canto do então aeroporto de Pedras Rubras, no Porto.
Recolhida à nossa residência, notámos que qualquer coisa de anormal se passava com ela. Transportada ao veterinário, então, no Jardim Zoológico de Lisboa, teve que ser abatida, por ser portadora de grave doença, sobretudo devido a esgana que a afligia. Até o próprio Veterinário se compadeceu enquanto lhe aplicava a injecção mortal...
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