Falando em caçadas em África...
Participei em muitas idas ao mato, enquanto jovem, a fim de enfrentar um feroz leão, uma pacaça ou mesmo um veado, para serem o alvo das nossas caçadeiras e exibir, triunfalmente o produto das nossas perigosas infiltrações na mata e abate de tais feras...
Durante a noite, de pé, na traseira da carrinha, íamos farolinando através da escuridão que se estendia em todo o espaço à nossa frente, e quando alguém batia no tejadilho do carro era sinal para que o condutor abrandasse o andamento da viatura, porque, além...
"...aponta ali naquela direcção porque vimos uns olhos a luzir..."
Por vezes era um simples coelho do mato assustado com a nossa presença e com o foco do farolim, que deixávamos em paz.
E assim, andávamos longos períodos, durante a noite na esperança de "artilharmos" sobre uma boa peça de caça, como javalis, pacaças, cabritas do mato, etc, que isoladamente apareciam na vasta extensão da floresta africana...
Ao romper da aurora, já bastante sonolentos, e sem se ter disparado um único tiro sequer, regressávamos já a casa, quando, inesperadamente, o carro ficou atolado perto de uns estranhos arbustos, que me despertaram a atenção. Aproximei-me da ramagem e colhi um pequeno fragmento da raiz dessa estranha planta.... Passados longos minutos, comecei a sentir um grande inchaço em todo o corpo, que assustou os meus companheiros de viagem, de molde que, de imediato, me conduziram a uma unidade hospitalar.
Horas depois, estava "curado" de tão estranha doença, e jamais soube que tipo de vegetação me causara semelhante mal.
O engraçado de tudo isto foi: íamos na esperança de nos confrontarmos (passe o humorismo...) com leões, tigres, leopardos, elefantes, jacarés, onças, hipopótamos, e... o que trouxemos para casa?
- UM PIRILAMPO !...
E esta hein ?...
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