sábado, 10 de março de 2012

ah, grande taxista...


Certa  manhã,  ainda residindo em Luanda,  esta distinta Senhora (minha Mulher - que Deus Tenha),  levantou o auscultador do telefone, na sua secretária, e, do outro lado do fio, ouviu uma aflitiva voz que  dizia:
- Senhora, venha depressa a casa porque a sua filha queimou-se toda....

Fui alertado, também, sobre o que sucedera., e, de imediato, ambos apanhámos um táxi, que ia a passar naquela altura, a fim de nos conduzir a  nossa casa, que distanciava uns bons quilómetros.

O condutor do táxi, apercebendo-se da gravidade e da urgência  da situação... prego a fundo e,  ultrapassando os  limites de velocidade impostas pela Lei, portanto sujeito a penalidades, lá nos deixou em casa, onde, encontrámos já socorristas, a prestarem os primeiros socorros, por iniciativa  dos próprios vizinhos, pois, verdade se diga., em Angola o espírito de entre-ajuda, era muito mais vasto que em Portugal, salvo seja !..

A parte curiosa da questão, foi que o Senhor Taxista desaparecera, para sempre, sem se importar cobrar o valor da corrida, que, na época seria em Escudos Angolanos.

Hoje, se o encontrar, mesmo decorridos mais de 40 anos, pagar-lhe-hei em...  EUROS !

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