sábado, 17 de agosto de 2013

" OS NOSSOS HERÓIS "...

Agosto de 2013. Verão quente. E com "o sol raiando entre as trevas de um claro  dia"..., o "Pessoal" que está gozando as suas justas e merecidas férias. vai-se encaminhando em direcção às belíssimas praias algarvias, "abraçadas" a esta encantadora cidade de Olhão, da Restauração, utilizando barcos da carreira e, em muitos casos, as suas  próprias e reluzentes  embarcações, accionadas por potentes motores, movidos a gasolina, e também  à vela, ao sabor dos ventos.

O vigor dos meus  activos oitenta  e seis anos de idade, não pode ir além, e exceder o manejo das teclas que movimentam o velho computador, posto à minha disposição,  para "manobrar simples  blogs" informáticos.Os  86 anos de idade, vividos sempre com dignidade,  chegam ao ponto de nos tornarmos  "cativos"  de uma clausura que impede confrontar-nos com temperaturas altas, constantes no periodo do verão. E ficamos em casa aguardando que os ponteiros do termómetro não  ultrapassem os vinte graus centigrados.

Olhão, terra de Boa Gente trabalhadora, activa, em que os Pescadores contribuem, nas sua faina, a dar vida, com o seu belíssimo pescado, no engrandecimento e progresso na actividade turistica.


Também existem heróis, mesmo em humildes localidades, cujas façanhas passam, por vezes, despercebidas. A que vou relatar, porém, teve um impulso universal, pela sua  incredualidade, e, enquanto me foi possível, desloquei-me em tempos, para  dialogar  pessoalmente com uma das testemunhas que protagonizou tal efeito histórico, e que dizem ser ainda a que se mantém viva.

Ja reproduzi um breve historial reportado  em livro, doméstico, sobre esta história, recorrendo a fontes que considerei credíveis, descrevendo a viagem  empreendida por José Belchior, da ilha da Culatra, até Porto Seguro, no Brasil, 51 anos decorridos desta Odisseia.

Este jovem  e grande lutador, Culatrense, numa "casca  de noz" com 6,5 mts. chamada "NATÁLIA ROSA" aventurou-se por esse Oceano Atlântico, como se de uma normal ida de Ohão à Culatra se tratasse.

Foi em 1500 Álvares Cabral numa Caravela ...
Foi em 1808 os bravos olhanenses, no caíque "Bom Sucesso" dar a noticia ao Rei D. João VI, exilado então no Brasil, da expulsão dos franceses invasores da nossa terra portuguesa.

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Segundo os dados colhidos em fontes diversas, Belchor, com uma pequena bússola e as estrelas (01.10.58)  ali chegou ao Brasil a 01.10.1959 !


E que dizer, espantosamente, de sua Mulher Felismina Inês, que o acompanhou, já grávida, nessa gloriosa viagem ?...

Uma  empolgante aventura que, por razões de um "Amor Proibido" (que só a eles diria respeito) mereceria uma reportagem cinematográfica, que esgotaria, certamente, lotações onde fossem exibidos tais filmes...

Observem:

Manél da Bateira, entrevistado pelo Autor deste blog, lembrou-nos a epopeia marítima vivida há largos anos, nesta sua terra, Culatra, em que o seu amigo Bélchior fugiu para o Brasil,  num pequeno barco, levando consigo a amiga Felismina Inês, por razões amorosas, cujas viagem, na altura, foi manchete em toda a imprensa mundial.

Entrevista entre o autor (Armando) e o entrevistado (Mnél da Bateira)-Culatra
Fim.

Tá?!...
                                                   
Vivam Todos...

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